A varíola dos macacos apresentou queda em Campo Grande com 57 notificações a menos no comparativo de outubro e setembro. Apesar disso, o setor de saúde alerta que os números não representam controle da doença, já que o vírus continua circulando e se mostra crescente o número de confirmações e casos suspeitos.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), desde a primeira notificação no Estado, em maio deste ano, essa é a primeira vez que o gráfico apresenta queda. 

Em maio foi uma notificação, junho duas, julho 14 e, em agosto, houve um salto, quando Mato Grosso do Sul registrou 131 notificações da varíola dos macacos, um aumento de 835% em apenas 30 dias. 

No mês seguinte, setembro, houve novo aumento considerável e a quantidade foi para 182, a maior já registrada em MS. Somente em outubro as notificações caíram e o mês fechou com 125 registros. 

Atualmente, Mato Grosso do Sul tem 178 casos confirmados da varíola dos macacos, cinco prováveis e oito suspeitos. As confirmações foram identificadas em Campo Grande, Dourados, Itaquiraí, Aparecida do Taboado, Costa Rica, Aquidauana, Ponta Porã, Três Lagoas, Maracaju, Jardim, Chapadão do Sul, Miranda, Sidrolândia, Paranaíba e Bonito. 

Homens representam o maior percentual de infectados, um total de 87,6%, contra 12,4% das mulheres. A maioria dos moradores que contraíram a doença tem entre 20 e 29 anos (34,8%) e entre 30 e 39 (30,4%).

Os sintomas mais relatados foram feridas na pele, febre súbita, lesão na genitália e dor de cabeça. O contato sexual ainda é a principal forma de contágio apresentada pelos pacientes. 

Dados revelam que a situação do Brasil em relação à doença não é confortável. Conforme a plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, o País soma o maior número de óbitos relacionados ao vírus em todo o mundo. Das 37 mortes já registradas, 11 aconteceram aqui.