Após morte de cachorros, Ministério determina recolhimento de petiscos de mais três marcas

Petiscos de outra marca teria causado morte de uma cachorrinha em Campo Grande

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Chloe pode ser uma das vítimas do primeiro petisco recolhido. Foto: Reprodução.

Mais três empresas de petiscos para cães deverão recolher alguns lotes de produtos para alimentação de pets. O recolhimento foi determinado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) em todo território nacional.

Conforme nota do Ministério, a medida foi tomada após desdobramentos das investigações que estão sendo realizadas pelo Mapa. O recolhimento foi determinado devido à detecção de que os lotes de propilenoglicol adulterados foram usados para fabricar outros produtos.

No entanto, o Mapa esclarece que o propilenoglicol pode ser utilizado em petiscos e alimentação animal, ‘desde que seja adquirido de empresas registradas’. Assim, a investigação aponta para uma “possível contaminação do propilenoglicol por monoetilenoglicol, oriundo de empresa sem registro”

Ainda não existe diretriz do Ministério para suspender o uso de todos os petiscos e produtos que contenham a substância na sua formulação. Assim, ficam mantidas as determinações de recolhimento de três marcas.

Petiscos que devem ser recolhidos

Da empresa FVO Alimentos Ltda deverão ser recolhidos três produtos: o Bifinho Bomguytos no sabores frango 65g, Bifinho Qualitá sabor churrasco e Dudogs.

Já da empresa Peppy Pet Indústria e Comércio de Alimentos para Animais deverão ser recolhidos os produtos: Bifinho 60g Peppy Dog frango grelhado; Palitinho 50g Peppy Dog carne com batata doce; Palitinho 50g Peppy Dog frango com ervilha; Bifinho 500g Peppy Dog carne assada; Bifinho 60g Peppy Dog filhotes – leite e aveia; Palitinho 50g Peppy Dog carne com cenoura.

Da empresa Upper Dog comercial Ltda devem ser recolhidos os produtos Dogfy injetado tamanho PP. O primeiro alimento para pets que foi recolhido é o petisco Dental Care Pet Food da Bassar.

O petisco está sendo investigado e pode ter causado a morte de animais pelo país. Uma cachorrinha de Campo Grande pode ser uma das vítimas do alimento da Bassar.

Chloe

Na primeira semana de setembro, uma mulher de 51 anos moradora em Campo Grande procurou a Polícia Civil para denunciar a morte da cadelinha de estimação, Chloe, uma spitz alemão de 5 anos. O fato aconteceu o início de agosto, após Chloe comer um petisco da marca Bassar.

Conforme o registro policial, a cachorrinha comeu o petisco Dental Care Pet Food da Bassar no dia 29 de julho. Naquela tarde, Chloe ficou prostrada e inerte e, no dia seguinte, vomito várias vezes. No restante do dia 30 a cadelinha ainda ficou estável, mas teve piora no dia 31.

A dona então levou Chloe para uma clínica veterinária, de onde ela já não saiu mais. A cadelinha permaneceu internada e acabou falecendo no dia 5 de agosto, por falência renal e parada cardiorrespiratória.

Assim que soube de casos semelhantes através de notícias na internet, a proprietária procurou a Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista). O caso é tratado como crime contra relação de consumo por vender, ter em deposito para vender ou expor à venda ou de qualquer forma entregar matéria-prima ou mercadoria em condições impróprias para consumo.

O petisco oferecido à cachorrinha Chloe dias antes de seu falecimento por insuficiência renal em uma clínica de Campo Grande vai passar por perícia. O fato foi denunciado na delegacia nesta semana, após a proprietária ver notícias sobre outros cães que morreram em decorrência do mesmo produto.

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