Mesmo com aval para vender vacinas da covid, clínicas deixam imunização para rede pública

Em Campo Grande, empresas dizem não ter vantagem em comercializar os imunizantes

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Vacina contra a Covid-19, ilustrativa (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

Mesmo com autorização para que clínicas particulares comercializem a vacina contra a covid-19, o negócio parece pouco atrativo para as empresas de Campo Grande. Mais de um mês após a liberação, nenhum local topou comercializar o imunizante.

“A fabricante chegou a nos ligar oferecendo a vacina, mas não achamos atrativo e nem enxergamos viabilidade”, comenta o gerente de uma clínica de vacinas de Campo Grande.

Segundo ele, a vacina contra a covid custaria em média R$ 250, no entanto, não teria nenhuma diferença da oferecida gratuitamente na rede pública. “O que faria um paciente tomar na clínica e pagar por isso, sendo que ele pode ir na rede púbica e tomar de graça?”, questiona.

Como comparativo o gerente lembra da vacina da gripe que, embora também seja oferecida pelo Estado, na clínica particular tem sua vantagem. “São vacinas diferentes. A paga tem cobertura de uma cepa a mais do que a aplicada no posto de saúde”, pontua.

Outra justificativa para o negócio não despertar interesse é o fato do esvaziamento dos postos de imunização. “A procura diminuiu e já não se veem locais, lotados como antes”, finaliza.

O Jornal Midiamax entrou em contato com clínicas de imunização da cidade e, até o momento, nenhuma faz ou informou interesse na vacinação particular. Na Unimed, a assessoria de comunicação informou que “não há previsão para a compra da vacina” e que a empresa segue o cronograma da Prefeitura.

Vacina Autorizada

No início do mês passado, o Ministério da Saúde autorizou empresas privadas a fazerem a compra da vacina contra a covid-19 da marca Astrazeca. A compra deverá ser feita diretamente com o fabricante, no entanto a aplicação deverá ser notificada ao bando de dados do Governo Federal.

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