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Cotidiano

Indígenas feridos em confronto são presos após receberem alta hospitalar, diz liderança Guarani Kaiowá

Nove indígenas foram para o hospital da região e outros não procuraram ajuda médica por medo
Fábio Oruê -
indígenas feridos
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Indígenas que ficaram feridos durante confronto com policiais militares, na sexta-feira (24), foram presos, na manhã deste domingo (26), logo após receberem alta hospitalar, segundo liderança da etnia Guarani Kaiowá.

Conforme o líder, que preferiu não ser identificado, cinco índios foram encaminhados para a Delegacia de . Ao todo, nove indígenas foram para o da região. Não há informações sobre o estado de saúde dos que estão internados.

“Há muitos feridos, mas não foram para o hospital depois de souberam que serão presos. As polícias estão no hospital aguardando”, disse a liderança ao Jornal Midiamax. Na tarde deste domingo, segundo ele, uma equipe médica popular foi até a aldeia atender os feridos que não procuraram o hospital.

Nas redes sociais, o grupo Aty Guasu, Geral do povo Kaiowá e Guarani, denunciou que os indígenas presos estão sofrendo tortura por parte da polícia. Confira:

O Jornal Midiamax tentou contato com a Delegacia de Polícia Civil de Amambai, via telefone, mas as ligações não foram atendidas. A reportagem também entrou em contato com a PF (Polícia Federal), que, em nota, disse que não compete à corporação esse caso.

“Compete à Polícia Federal apenas garantir a integridade de ‘comunidades indígenas’, quando estas se encontrarem em risco. Eventos isolados com indígenas cabe à estadual intervir”, diz o texto.

Conflito indígena em Amambai

Desde o dia 19 de junho, a aldeia indígena de Amambai pedia apoio para providências na área de retomada, por questões de conflitos internos. Os problemas antecederam a invasão a uma propriedade rural no dia 23 deste mês e conflito com policiais militares, que resultou na morte do indígena Vitor Fernandes, de 42 anos.

Já no dia 23, marco das primeiras movimentações na Fazenda Borda da Mata, ofício foi encaminhado para a Funai (Fundação Nacional do Índio), MPF (Ministério Público) e Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). No pedido, foi reforçada a situação de conflito interno na aldeia.

A ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar aconteceu após indígenas da etnia Guarani e Kaiowá retomarem uma parte do território de Guapoy, em Amambai. Os militares foram enviados à região e houve conflito.

Neste domingo (26), o MPF (Ministério Público Federal) deu um prazo de 72h para órgãos e entidades oficiais para o envio de informações sobre o confronto. Em nota, o MPF diz que uma perícia antropológica será feita na retomada Guapoy entre os dias 28 de junho e 1º de julho. A perícia será conduzida por analista em antropologia do ministério.

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