Com as frases “alô prefeito, cadê você? Eu vim aqui só pra te vê”, dezenas de servidores da saúde pública do município de Campo Grande se reuniram em frente à sede da prefeitura – na avenida Afonso Pena – para negociar as reivindicações da categoria. A principal delas é o reajuste do vale-alimentação de R$ 240, para R$ 494 – nos mesmos moldes da Guarda Municipal.

O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Município de Campo Grande, Ângelo Macedo, destacou que hoje seria a primeira reunião com o prefeito Marquinhos Trad e seus secretários. “Fomos informados que o prefeito não se encontra por aqui. Faremos uma assembleia na quinta-feira, 3, e na sequência retornaremos para a retomada do diálogo. São duas reuniões furadas, mas desta vez isso não vai mais acontecer”, disse Ângelo Macedo.

Thiago Barateli, presidente do Sindicato dos Servidores do Administrativo da Saúde de Campo Grande, avaliou que a mobilização feita nesta segunda-feira foi muito boa. “Uma pena o prefeito não estar aqui. Vamos fazer uma assembleia para discutirmos o reenquadramento do administrativo da saúde para cumprir o plano de cargos e salários, o que não aconteceu; o auxílio-alimentação e o aumento da produtividade do SUS – Sistema Único de Saúde – que está defasada, além da indicação de uma diretora na coordenadoria de responsabilidade técnica, dentro da Secretaria Municipal de Saúde”, detalhou Barateli.

Como os servidores de todas as categorias já receberam um reajuste linear de cerca de 10%, a principal reivindicação é a isonomia do vale-alimentação no valor de R$ 494. Os dois presidentes dos sindicatos prometem uma quinta-feira (3 de março) agitada. O objetivo é que os servidores se juntem para dar uma densidade maior de servidores, no sentido de elevar a pressão pelas reivindicações e fechar o acordo o mais rápido possível. A prefeitura não comentou sobre o assunto.  Caso o prefeito não receba os servidores na próxima quinta-feira, 3 de março, o risco de greve se tornará maior, segundo a categoria.