Enfermeiros da Santa Casa aceitam negociar com hospital e adiam decisão de greve

Categoria quer reunião para discutir reajuste salarial ainda esta semana. (Foto: Ranziel Oliveira / Midiamax)

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Enfermeiros em assembleia para discutir greve. (Foto: Ranziel Oliveira / Midiamax)

Os enfermeiros da Santa Casa aceitaram voltar a negociar com o hospital e decidiram não entrar em greve nesse primeiro momento. Assembleia foi realizada no início da tarde desta segunda-feira (11).

O diretor da Santa Casa, Heitor Freire, falou para os profissionais e afirmou que o hospital quer negociar com a classe.

Conforme o presidente do sindicato dos enfermeiros, Lázaro Santana, será formalizado um pedido para a Santa Casa. Além disso, a categoria quer uma reunião ainda esta semana.

Caso não haja acordo, Lázaro informou que nova assembleia será marcada para discutir novamente a possibilidade de paralisação, que deixaria apenas 30% do efetivo em atuação no maior hospital de Mato Grosso do Sul.

Assembleia

Enfermeiros da Santa Casa estiveram reunidos no início da tarde desta segunda-feira (11) no saguão do hospital para realizar assembleia. A classe pede reajuste de 10,16%, mas ainda não chegaram num acordo com a direção do hospital.

Ao Jornal Midiamax, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Lázaro Santana, disse que já foram 3 rodadas de negociação com o hospital, mas todas sem acordo. “Não dá para ficar esperando mais”, declarou.

Conforme o sindicalista, o hospital estaria ‘jogando’ a responsabilidade sobre a prefeitura de Campo Grande, que é cogestora do hospital, alegando que não conseguiu reajustar o contrato que tem com o município.

Neste segunda-feira, apenas 50% dos enfermeiros permanecem no trabalho. Os demais estão na assembleia.

Para a vice-presidente do sindicato, Helena Delgado, a direção do hospital ‘está fugindo’. “Não houve uma negociação. Estamos tentando toda forma de diálogo”, pontuou.

Por outro lado, o diretor do hospital, Heitor Freire, negou que a Santa Casa tenha fugido das negociações. Ele explica que o que aconteceu é que o hospital ‘não tem proposta’.

Isso porque, segundo Freire, a Santa Casa tem déficit de R$ 12 milhões mensais e não está em situação financeira para conceder reajuste. Conforme o diretor, dos recursos da Santa Casa, 70% vão para custos. Assim, a direção do hospital estaria esperando negociar um novo contrato com a prefeitura para conseguir apresentar uma proposta.

A assessoria do hospital informou que, em junho, em reunião, a prefeitura solicitou mais 30 dias para poder negociar o contrato com a Santa Casa. Dessa forma, o contrato que vencia em 1º de junho foi prorrogado para 1º de julho e agora o hospital pede mais 30 dias para poder renegociar os valores do repasse, alegando que não é possível manter os valores nas condições atuais.

Por fim, Freire pontuou que o direito dos trabalhadores ficará assegurado, já que a data-base das categorias é em maio, mesmo que o reajuste seja concedido mais para frente, será pago o retroativo.

Caso seja deferida a greve, apenas 30% dos profissionais irão atuar no hospital.

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