O Centro de Testagem e as unidades de saúde de Campo Grande têm recebido intensa procura por teste de nesta semana. Assim como na rede pública, a procura tem sido grande nas redes particulares, onde os testes chegam a R$ 450. 

Conforme apurou o Jornal Midiamax, o teste encontrado ‘mais em conta' na rede particular foi o teste rápido, o antígeno, realizado por R$ 120 em clínica de diagnóstico. O teste rápido também pode ser encontrado por R$ 150 em outra clínica. 

Considerado o “padrão ouro” ou “padrão de referência”, o RT-PCR é o exame que identifica o vírus e confirma o vírus. Ele chega a variar o preço entre R$ 240 a R$ 450. Há estabelecimentos que parcelam o pagamento e não há a necessidade de agendamento, é apenas por ordem de chegada. 

Em Campo Grande, o teste também é oferecido em farmácias. Nas de rede, é possível marcar o exame na internet. Em algumas unidades, todos os horários estão preenchidos até, pelo menos, o sábado (8). Na próxima semana, algumas unidades já aparecem com muitos horários ocupados para o agendamento. A reportagem tentou contato por telefone para apurar o valor, mas ligações não foram atendidas. 

Confira a lista:

  • Vacinne Care: R$ 285 (teste com amostra de sangue)
  • LabSaude: R$ 450 e R$ 150 (teste rápido)
  • Bioclínico: R$ 240 (RT-PCR) e R$ 120 (teste rápido)
  • Labminei: R$ 300 (RT-PCR).

Intensa procura por testes

O Centro de Testagem, localizado na rua Barão do Rio Branco, perto da Praça do Rádio Clube, em Campo Grande, distribuiu quase 200 senhas em menos de uma hora de atendimento. Por conta da grande procura, a responsável pelo local, a enfermeira Lina Ribeiro, reforçou mais uma vez que a população também pode buscar atendimento nas 72 unidades de saúde, distribuídas em 7 regiões da cidade. 

“Aqui abre às 7h e hoje nós já distribuímos 192 senhas, até as 7h45. Ontem, no decorrer do dia, foram 630 senhas. É necessário esclarecer, mais uma vez, que a população também pode buscar atendimento nos postos de saúde. Lá também estão fazendo testes de Covid. No caso do teste da Influenza, ele só é feito se a pessoa tiver alguma internação no posto de saúde ou então está com suspeita de H3N2”, explicou Ribeiro. 

Conforme a enfermeira, as senhas serão distribuídas até as 14h e, em seguida, o atendimento segue com livre demanda. “Vamos atender todo mundo até o final, com livre demanda. Nós organizamos duas salas aqui e estamos dividindo as pessoas”, disse. 

Lotação ocorre desde o início da semana

Extensa fila, com pessoas em pé e sentadas na praça e na frente do Centro de Testagem. Este é o cenário, desde o início da semana, de quem procurou atendimento no local e aguardou até quatro horas para realizar o teste de Covid-19. Também chamou a atenção o número de jovens e quem passa pelo local diz que está “parecendo dia de prova do Enem”.

Na tarde de terça-feira (4), a lotação já era grande, com aumento de 150% na procura pelos testes e fila de espera que chegava a 4h.

“Muita gente deixa de ir nos postos de saúde e isso acaba gerando uma superlotação. Lá fica vazio e aumenta demais a demanda aqui. Antes do Natal, estava vazio e, logo depois, aumentou a cada dia e foi aumentando ainda mais depois do Réveillon, aí foi explodindo de gente”, comentou. 

A reportagem recebeu diversas reclamações, porém, de que os testes nos postos eram escassos ou inexistentes. Questionada pela reportagem, a assessoria de imprensa da (Secretaria Municipal de Saúde) reforçou que o município está com capacidade diária de 2 mil testes, incluindo o Centro de Testagem e as 72 unidades de saúde, distribuídas em 7 regiões.

A Sesau também comentou que o teste é recomendado somente para pacientes sintomáticos e que estejam entre o primeiro e oitavo dia do sintoma.