A Santa Casa de Campo Grande emitiu um alerta sobre a ‘superlotação constante' na maternidade do e pediu intervenção do CRM (Conselho Regional de Medicina) para tomar providências. 

Conforme nota do hospital, a situação que vem se arrastando ao longo dos últimos meses e acaba gerando assistência inadequada às pacientes puérperas e recém-nascidos internados e que, por vezes, estão em leitos adaptados.

Por conta do atendimento estar acima da capacidade técnica instalada, a Santa Casa pediu ao CRM a vistoria de urgência e, posteriormente, avaliação de uma possível interdição ética do setor até que o caso seja regularizado, com atendimentos adequados. O hospital ressaltou que está há mais de um ano notificando o Estado e o Município sobre a necessidade de abertura de leitos neonatais.

Ocupação

A Santa Casa possui 33 leitos ativos no alojamento conjunto (enfermaria) e está com 100% de ocupação de pacientes internadas, entre tratamento ginecológico, gestantes, puérperas (mãe com bebês recém-nascidos) e isolamento respiratório (Influenza). Além disso, o local tem quatro pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) internadas em leitos na linha privada e mais três em leitos adaptados no Centro Obstétrico ou em cadeiras.

Na obstetrícia, há duas salas cirúrgicas — ocupadas no momento com procedimento — e mais cinco de PPPs (Pré-parto, parto e pós-parto), sendo que três delas estão interditadas com cinco bebês recém-nascidos aguardando vaga na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal, mas que até o momento está sem previsão de vaga. 

Além disso, há ainda mais duas cesarianas indicadas a bebês graves que poderão chegar, ao longo do dia, e sete pacientes interditando salas no Centro Obstétrico.

A Santa Casa dispõe atualmente de 8 leitos de UTI Neonatal, 11 leitos de unidade intermediária neonatal e 4 leitos de unidade neonatal canguru (2 vagas), que estão 100% ocupados.