Campo-grandense madrugou para garantir lugar para 12 pessoas da família no desfile
Tradicional Desfile Cívico retorna as ruas de Campo Grande depois de período pandêmico
Ranziel Oliveira, Karina Campos –
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Não há nada mais tradicional para o campo-grandense, ou moradores de outros locais que foram acolhidos na Capital, do que madrugar para assistir o Desfile Cívico nas arquibancadas. Neste domingo (28), em comemoração ao 123 aniversário de Campo Grande, há quem chegou às 5h30 para garantir um espaço para ter uma visão privilegiada dos grupos passando pela Rua 14 de Julho.
O carinho pela cidade é o principal motivo de tirar o morador da folga de um domingo de casa até a região central. Caso da auxiliar administrativo Bruna Oruê, de 31 anos, nascida em Aquidauana, mas que abraçou a ‘Cidade Morena’ como lar há seis anos.
“Não é todo dia que tem um desfile desse. Quando era criança participava muito. Tem que trazer, ter essa história e colocar na memória. É importante”. Bruna se mudou com o marido pelo trabalho, mas completa que permaneceu pela organização, limpeza e cuidado. “Você vê pelos canteiros. Estou aqui pela qualidade de vida que Campo Grande traz e muitas capitais não têm”.
Klaus Silveira, empresário de 39 anos, levou as filas, de 15 e 9 anos, junto a esposa para continuar a tradicionalidade de reunir a família, já que quando mais novo, o pai fazia questão de levá-lo para ver o desfile.
“Essa tradição não pode acabar, é uma volta ao passado, relembrar, é uma coisa única”. Questionado sobre o que faz gostar tanto da cidade, Klaus considera: “Pela união do povo, um povo unido e de prosperidade”.
Por falar em levar a família, Vânia Rodrigues, de 53 anos, chegou às 5h30 para reservar para as 12 pessoas da família. ‘Rasgando’ elogios para a cidade, a campo-grandense afirma que jamais deixaria de morar aqui para ir a outro lugar.
“Trouxe os netos, filhas, genro e mães de outros netos. Eu amo isso aqui [desfile], sou campo-grandense, nasci, cresci aqui. Não troco por nada. Amo essa cidade tudo que tem nela, é um prazer ser daqui. Desde que quando me conheço por gente, minha mãe não trazia”.
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