A vacinação das crianças de 5 a 11 anos contra já completa uma semana em Mato Grosso do Sul, e segundo os dados do “Vacinômetro”, já foram mais de 15 mil doses aplicadas nos 79 municípios. A procura tem sido efetiva e os pais comemoram a chance dos filhos terem acesso à imunização.

Com mais de 15 mil crianças em Mato Grosso do Sul, entre 5 e 11 anos, vacinadas na primeira semana em que essa faixa etária pôde ser imunizada, a vacinação continua neste fim de semana.

[Colocar ALT]
Matheus, Cláudia e Gabrieli (Foto: Laonardo de França)

Em Campo Grande, os pontos de vacinação estão bem movimentados. Neste sábado, crianças de 6 anos já podem ser vacinadas mesmo sem estarem enquadradas em grupos prioritários.

Muitos pais têm usado a criatividade para incentivar e tirar o medo natural que algumas crianças possuem de agulhas. A bióloga Cláudia Bitencourt, de 43 anos, trabalhou o lado mais lúdico para incentivar a pequena Gabrieli, sua filhinha de 6 anos, a tomar vacina.

Ela se arrumou toda e até colou uma de borboletinha no braço, para mostrar onde iria tomar a vacina. “Sempre quis vacinar, fizemos o cadastro no primeiro dia, esperamos mais de dois anos. A vacina sempre representou a esperança e eles esperaram muito por esse dia”, disse Cláudia, que há dois dias levou o mais velho, Matheus, de 8 anos, para vacinar.

Já o filho do engenheiro, Wesley Gonçalves, de 37 anos, o pequeno Isac Cardoso Cordeiro, 7 anos, se apegou no tablet para vencer o medo da vacina. “Pra fazer as coisas normais, pra continuar ficar vivo, quem não tomar vai pro cemitério, e eu não vou, vou poder continuar usando tablete”, disse ele como justificativa.

[Colocar ALT]
Isac quer continuar usando o tablet (Foto: de França)

“Cada vacina tem uma certa eficiência de imunização, mas não deixa de ter eficiência, antes alguma coisa do que nada, se for necessária mais doses vamos tomar”, completa o pai, Wesley.

Cristiano Jean Lucas, de 7 anos, viu o pai, João Guimarães, de 57 anos, que o acompanhava, a mãe e irmã vacinarem e não via a hora de fazer o mesmo. Ao que parece, não estar mais vivo, também é um medo. “Se não vacinar, a gente vai ficar com Covid e a gente vai morrer”.

Vacinação pediátrica

O primeiro lote de vacinas pediátricas da Pfizer, com 18.300 doses, chegou no final do dia 14 de janeiro. Elas foram distribuídas aos municípios, que no sábado (15) começaram a vacinação nas cidades. A prioridade foi para crianças de 5 a 11 anos indígenas, quilombolas ou com comorbidades. Cada cidade organizou o calendário de forma decrescente, começando pelos 11 anos. O segundo lote foi entregue na terça-feira (18). 

Segundo os dados do “Vacinômetro”, já são mais de 15 mil doses aplicadas nesta faixa etária no Estado, o que equivale a 5% do público estimado, que é 301.026 crianças. As doses enviadas para esta imunização são específicas para este público.