Assassinatos e covid fazem cartórios ter o segundo janeiro ‘mais mortal’ da história de MS

Dados são contabilizados por cartórios, em tempo real, desde o ano de 2003

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Assassinatos, mortes no trânsito, suicídios e a variante ômicron fizeram Mato Grosso do Sul ter recorde como o segundo janeiro mais mortal, segundo o Portal da Transparência do Registro Civil. O aumento das mortes violentas foi de 88% este ano. Já na comparação de janeiro de 2020, antes do isolamento, com janeiro de 2021, houve queda de 30%.

De acordo com a Arpen/BR (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais), que administra a base de dados, janeiro ficou marcado pelo avanço de casos causados pela variante ômicron. No caso de mortes por pneumonia, os dados apontam aumento de 55% em comparação ao mesmo mês de 2021.

Em janeiro de 2022, foram registrados 1.680 óbitos no Estado, uma queda de 2,59% em relação a 2021, que registrou 1.805 mortes no mês. Houve ainda o crescimento de 39% nas mortes em relação a janeiro de 2020, ainda antes do início da pandemia em Mato Grosso do Sul. 

Já as mortes por pneumonia passaram de 190 em janeiro de 2021 para 295 neste ano. Em 2020, antes da pandemia, foram 230 mortes pela doença.

Outro dado observado pelos números de óbitos registrados pelos cartórios está relacionado ao crescimento de mortes por doenças do coração em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado: AVC, com 30% de aumento, infarto com 3% e causas cardiovasculares inespecíficas 10%. 

O presidente da Arpen-MS, Marcus Roza, ressalta que acompanhar os dados é uma forma de conscientização da população. Em tempo real, os 7.658 cartórios abastecem a base de dados, que tem os dados cruzados com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). “Os números refletem, fielmente, o que está acontecendo no Estado”, finalizou.

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