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Cotidiano

Após voltar a respirar e quase morrer afogada, Alice reencontra bombeiros que a salvaram

Sargentos Veiller e Denilson salvaram menina que ficou cerca de cinco minutos no fundo da piscina
Thalya Godoy -
Da direita para a esquerda: Denilson, Veiller ao centro, e Alice, depois de quatro anos do acidente. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Após quatro anos e meio do evento que marcaria para sempre a família da pequena Alice Gomes, ocorreu, na manhã deste domingo (6), o reencontro da menina com os dois sargentos do Corpo de Militar que a salvaram de um afogamento na piscina de um clube, em

O caso ocorreu em 18 de março de 2018, no final da manhã, por volta das 11h30. Os sargentos Veiller Machado e Denilson Pinto de Carvalho estavam de folga com as respectivas famílias, em um clube na Capital, quando viram uma mulher pular na piscina, levantar uma menina nos braços e gritar por socorro. Era Alice a criança desacordada, na época com três anos de idade. 

Os dois bombeiros fizeram os primeiros atendimentos para salvá-la com reanimação cardiorrespiratória e sopro de ar para o pulmão da menina. Foram necessários três ciclos até que ela voltasse a respirar, ainda inconsciente. Duas ambulâncias foram até ao local e levaram Alice para o hospital. 

O encontro entre os três, Alice e os dois sargentos, ocorreu na manhã deste domingo no Quartel dos Corpos de Bombeiros, no Parque dos Poderes. 

O momento foi marcado por lágrimas por parte da família da menina e emoção dos bombeiros ao relembrar a data. O reencontro só foi possível anos depois após Veiller descobrir que o cunhado trabalhava com o pai de Alice e pedir o contato. “Normalmente, depois que a vítima é levada não conseguimos saber o que aconteceu”, relata Denilson.

“Quando os casos envolvem crianças mexem mais comigo porque sou pai”, completa Veiller, que tem uma menina de 12 anos e um garoto da mesma idade de Alice, 8 anos. 

Alice recebeu presentes dos sargentos. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

A de Alice, Ariane Gomes, relembra que no dia do acidente estava no clube com os três filhos acompanhada de amigos. Quando viu o grupo em volta de alguém falando sobre afogamento, não acreditava que pudesse ser a própria filha porque a pequena já sabia nadar na época. 

“A Alice estava de colete, mas retirou após o almoço e lavar as mãos. A nossa suposição é que alguma criança a empurrou ou a afogou em uma brincadeira. Uma criança chamou a mãe falando que tinha uma menina no fundo da piscina e até ela custou a acreditar que tinha uma criança lá”, relembra Ariane

Alice ficou por cerca de cinco minutos submersa na água e quando foi retirada o corpo já estava roxo. A mãe entrou em estado de choque quando viu a filha afogada. Depois de rodar por prontos socorros particulares que recusaram atender a menina, foi recebida pelo SUS na Santa Casa.

“Eu fiquei desesperada, quando me perguntavam a data de nascimento dela eu passava a minha. O médico disse que ela sobreviveria por um milagre e poderia ter sequelas pelo resto da vida”, recorda a mãe. 

No dia seguinte ao acidente, Alice se recuperava bem no hospital, estava de pé, queria brincar e até pediu para voltar ao clube. 

No reencontro com os sargentos que salvaram a vida, Alice estava tímida, mas afirmou que gosta de nadar ainda. Os bombeiros a presentearam e ela e o irmão puderam subir com Denilson e Veiller em um caminhão do corpo de bombeiros. 

Reencontro de Alice com os salvadores aconteceu na manhã deste domingo (6). (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Cuidados com crianças

Os sargentos aproveitaram a ocasião para passar dicas de cuidados com crianças com a chegada do verão, período que coincide com as escolares. Em caso de afogamentos, deve-se ligar no telefone 193 para pedir socorro. 

“Caso a pessoa esteja desacordada, a recomendação é que não tente acordá-la, pois há o risco de causar convulsões. A orientação é que aguarde a chegada do socorro”, afirma Denilson. 

Os pais devem ficar atentos nas crianças e não confiar totalmente mesmo com salva-vidas, pois eles não conseguem monitorar todos os locais ao mesmo tempo. Crianças de até sete anos de idade devem usar coletes de flutuação e evitar brincadeiras que envolvam segurar a respiração.

Em rios ou mares a atenção deve ser redobrada devido à correnteza e profundidade, que podem aumentar os riscos de acidentes e afogamentos.

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