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Cotidiano

Após cinco meses, mochileira volta para casa nesta quinta-feira e agradece apoio de Campo Grande

Jeniffer e o namorado sofreram um acidente na BR, ele morreu e ela se recuperou na Capital
Arquivo -
Jeniffer se recupera em Campo Grande desde novembro do ano passado.
Jeniffer se recupera em Campo Grande desde novembro do ano passado.

Depois de passar por um período de dor e recuperação em , a mochileira Jeniffer Santos Pereira irá voltar para casa, em Pelotas, no , nesta quinta-feira (10). Mesmo deixando uma história de perda, a jovem agradeceu a solidariedade que recebeu do povo campo-grandense durante seu tratamento, após perder o namorado Tiago Escarcell Boher, em um acidente na BR-060.

Na cadeira de rodas, por ainda ter dificuldades na recuperação dos movimentos, Jeniffer falou durante uma live nas redes sociais, ao lado da mãe, Angélica Santos Pereira, e do irmão Lucas. A promessa é continuar lutando e dividindo a rotina da recuperação com as pessoas que conheceram o caso e a ajudaram de alguma forma.

“Estou com a camisa do para homenageá-lo, quando chegarmos lá, vou contar tudo, como foi, como será daqui para a frente, vou continuar fazendo lives em casa com a minha família. Quem quiser me visitar será muito bem-vindo. Só tenho a agradecer todos pela ajuda”, disse.  

Angélica também afirmou que a filha dará continuidade à fisioterapia na cidade natal. Ela agradeceu o acolhimento, desde o acidente, e o apoio na estadia temporária. Jeniffer ficou internada na Santa Casa de Campo Grande, depois de receber alta foi hospedada por uma família, em uma residência próxima ao hospital.

“Quero agradecer vocês por todo carinho, por ter nos ajudado em Campo Grande, no . Graças a Deus, através de vocês, com orações, PIX, carinho, de todas as formas, acabaram fazendo parte da nossa família. Nunca vamos esquecer, sou muito grata pela solidariedade de todos que tiveram com a vida dela”.

Ainda abalada, a mochileira chorou ao tentar falar do namorado, a mãe a abraça e diz que aprenderam a amar incondicionalmente e que vão lutar para dias felizes chegarem. “Fica o dilema que não vamos esquecer: ‘bora’ viver e ser feliz com pouco, não precisa ter muito. O anjinho está no céu, que veio para nos ensinar a viver. Hoje, vemos ela triste, pela perda, saudade e amor que tinha entre eles, mas é um dia que conseguimos vencer, vamos ver ela sorrindo ainda”.

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Jennifer treina malabarismo mesmo deitada e relembra namorado Tiago. (Foto: Henrique Arakaki)

 

História

O acidente aconteceu na rodovia BR-060, em Paraíso das Águas, que fica a 277 quilômetros de Campo Grande. O casal percorreu o Brasil em um mochilão, em cima de uma moto Honda Titan. Mato Grosso do Sul seria o último Estado a ser visitado pelo casal, antes de retornar para Pelotas (RS). Porém, na tarde do dia 16 de novembro, por volta das 15h, o motociclista Clovis Zolet, de 63 anos, estava numa moto BMW junto com um comboio de motos, quando tentou fazer uma ultrapassagem em local proibido, no km-97, e bateu de frente no veículo em que o casal estava.

Com a batida, o casal foi arremessado às margens da rodovia e Tiago teve a perna amputada no local com a colisão. Jennifer teve fraturas pelo corpo, sendo os dois socorridos em estado grave para uma unidade de saúde e depois levados para a Santa Casa de Campo Grande em vaga zero. Clovis acabou atropelado pelo último eixo da carreta que tentava ultrapassar e morreu no local.

A saudade e as lembranças de Tiago

Durante todo o período internada, o momento mais difícil para a mochileira foi quando recebeu a notícia de que o namorado havia morrido devido às complicações do acidente. Mãe da jovem, Angélica conta que os médicos aconselharam não contar no primeiro momento. Porém, mesmo uma semana depois, o baque foi pesado para Jennifer. “Ela passou mal, quase infartou”, relata. 

Jennifer não consegue expressar o que aconteceu no momento do acidente. Ao ser questionada pelo assunto, as lágrimas surgem nos olhos, mas as palavras não saem da boca. A saudade e a dor ainda são muito intensas. 

Por enquanto, Jennifer foca em se recuperar e, mesmo deitada, brinca com as bolinhas utilizadas para fazer malabarismos. Ela conta que tudo que aprendeu foi com Tiago, que era um profissional na arte. Ao lembrar dele e contar sobre as brincadeiras que faziam, ela consegue até sorrir, apesar da falta que ele faz. “Era ele que sabia fazer, era experiente. Eu estou só aprendendo”, diz.

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