Estável, namorada de mochileiro que morreu após acidente continua na Santa Casa

Não há previsão de alta para Jeniffer

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Jeniffer Santos Pereira, namorada de Tiago Escarcell Boher, de 32 anos, que morreu após sofrer um acidente na BR-060, continua internada na Santa Casa de Campo Grande. O acidente aconteceu no dia 16 de novembro.

Segundo a assessoria de comunicação do hospital, Jeniffer está na enfermaria, e segue consciente, orientada e estável. Está internada pela ortopedia, e não há previsão de alta. Ela sofreu várias fraturas no quadril e Tiago chegou a ter a perna decepada no momento do acidente. 

Tiago não resistiu e morreu três dias depois da sua internação. Ele estava em coma, em estado grave e acabou tendo uma parada cardiorrespiratória, sem sucesso ao protocolo de reversão.

História de amor

O casal se conheceu quando Tiago trabalhava como motorista de aplicativo, em Pelotas. Eles estavam juntos há 11 meses e resolveram viajar em um mochilão há 8 meses. A mãe de Jennifer disse que ficou assustada quando a filha contou que iria viajar em um mochilão.

“Nós nos falávamos todos os dias. No dia do acidente, mandei mensagem cedo, como sempre, e ela não respondeu. Só descobri o que tinha acontecido um dia depois, quando uma senhora que tinha acolhido os dois em casa me ligou e contou”. 

Aos prantos, a mãe de Jennifer disse que a filha não se lembra de nada. A família deve esperar pela melhora da jovem para levá-la para Pelotas. “Uma pessoa acabou com a nossa vida e com a própria vida”, disse Angélia, se referindo a Clovis Zolet, de 63 anos, que teria provocado o acidente na BR-060. Mato Grosso do Sul seria o último destino do casal, que voltaria para Pelotas no dia 21 de novembro.

O acidente

O acidente envolveu duas motocicletas, uma BMW, pilotada por Clovis Zolet, de 63 anos, que morreu no local, e uma Honda CG, em que estava o casal, de 19 e 32 anos. A colisão ocorreu no km-97 por volta das 15 horas, quando Clovis, que estava em um comboio de motociclistas, tentou fazer a ultrapassagem de um caminhão em um local proibido e bateu frontalmente contra a Honda CG. 

Com a batida, o casal foi arremessado para as margens da rodovia e o homem teve a perna amputada com a colisão. Já a jovem teve fraturas pelo corpo, sendo os dois socorridos em estado grave para uma unidade de saúde e depois levados para a Santa Casa de Campo Grande em vaga zero. 

Com a colisão entre as motocicletas, Clovis acabou atropelado pelo último eixo da carreta que tentava ultrapassar, morrendo no local. O grupo tinha como rota a cidade de Costa Rica, onde passariam a noite. Um empresário de Paraíso das Águas disse que seguia logo atrás e presenciou o acidente: “imagens que não esquecerei tão cedo”, declarou.