Equipes da (Secretaria Municipal de Saúde) iniciaram, nesta segunda-feira (5), a segunda fase de liberação dos mosquitos , modificados com a bactéria Wolbachia. A ação foi realizada nesta manhã, na Biofábrica do Método Wolbachia, localizada no bairro Pioneiros.

Os insetos, conhecidos como “Wolbitos”, estão sendo usados para controlar a Dengue, e Chikungunya. Na cidade, dez bairros receberão os mosquitos: Taquarussú, Jacy, América, Jockey Club, Parati, Piratininga, Pioneiros, Alves Pereira, Los Angeles e Centro-Oeste.

Com essa medida de combate a doenças virais, é esperado que 1 milhão de mosquitos sejam dispersos, por semana, nos bairros contemplados. O gestor de implementação do método Wolbachia na Capital, Antônio Brandão, explica como funciona o processo.

“A intenção é que os Aedes aegypti com Wolbachia se reproduzam com os Aedes locais ao longo das próximas dezesseis semanas e seja estabelecida uma população destes mosquitos, todos com Wolbachia, o que irá contribuir na redução na transmissão de doenças”, disse.

O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, afirma a importância do projeto no controle de viroses, mas reforça que a população também precisa contribuir para que as ações da prefeitura se efetivem.

“A população deve continuar a realizar as ações de combate à dengue, Zika e chikungunya que já realizam em suas casas e estabelecimentos comerciais. O Aedes aegypti com Wolbachia é um importante aliado nessa guerra, mas é necessário que os cuidados sejam mantidos”, pontuou.

Fases do projeto

Os bairros Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado foram os primeiros a receberem os mosquitos com a bactéria Wolbachi, na fase 1. Nessas regiões, os trabalhos foram realizados durante 30 semanas. Já as localidades que participarão da terceira fase do projeto contam com ajuda comunitária desde o dia 21 de maio.

Bairros

Os bairros que estão recebendo ações de engajamento são: Carlota, Dr. Albuquerque, Jardim Paulista, Maria Aparecida Pedrossian, Rita Vieira, São Lourenço, TV Morena, Vilas Boas, Universitário, Tiradentes, Chácara Cachoeira, Chácara dos Poderes, Noroeste, Veraneio, Estrela Dalva e Carandá.

A liberação dos mosquitos faz parte da estratégia do Método Wolbachia, iniciativa do World Mosquito Program (WMP), conduzida no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com apoio financeiro do Ministério da Saúde, e que utiliza a bactéria Wolbachia para o controle de arboviroses, doenças que são transmitidas por mosquitos.

Na capital, a implementação da iniciativa é realizada em parceria com a Prefeitura de Campo Grande e Secretaria Estadual de Saúde (SES). Estão previstas seis fases para implementar o Método Wolbachia em toda a cidade.