Com as temperaturas amenas e garoa no início da manhã, o movimento nos drive-thrus para vacinação contra o coronavírus foi tranquilo neste sábado (28) em Campo Grande. Mesmo com a aplicação da 2ª e 3ª dose, não havia fila no drive do Albano Franco. Além disso, alguns idosos que chegam ao ponto de imunização não conseguem tomar a dose de reforço por conta do prazo necessário, conforme determinação do Ministério da Saúde.

O que acontece é que, mesmo com a 3ª dose liberada para idosos a partir de 75 anos em Campo Grande, poucos deles conseguiram completar o ciclo vacinal até o dia 28 de fevereiro. A questão é que a regra para aplicar a dose de reforço implica que os idosos devem ter tomado a 2ª dose seis meses atrás.

Jonas Nascimento, de 91 anos, chegou animado para tomar a dose de reforço. Ele conta que confia muito na eficácia das vacinas e acha importante receber a 3ª dose para garantir a imunidade contra o coronavírus.

“Eu continuo fazendo tudo certinho, ficando em casa, usando a máscara e o álcool em gel. Temos que tomar todos os cuidados”, disse. Contudo, Jonas não conseguiu se vacinar. Como tomou a 2ª dose da vacina no dia 1º de março, ele ainda terá que aguardar alguns dias para tomar a dose de reforço.

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Bela ainda precisa esperar pouco mais de três meses para tomar a 3ª dose. (Foto: Marcos Ermínio)

O mesmo aconteceu com Bela Mendes, de 78 anos. Ela conta que recebeu uma ligação do neto, informando que estava na faixa etária para a 3ª dose. Contudo, ela também ainda não podia tomar a dose de reforço por conta do prazo de seis meses.

“Vai ter que ficar para a próxima. Eu não sabia desse prazo, tomei a segunda dose em junho”, comenta. Sendo assim, Bela terá que esperar até dezembro para tomar a dose de reforço.

Larissa Leal é do (Programa de Inclusão Profissional) da (Secretaria Municipal de Saúde) e trabalha em um dos boxes do Albano Franco. Ela relatou que a procura de idosos pela terceira dose ainda tem sido baixa. “Na noite de ontem, eu só vacinei um”, conta. Para a profissional, a procura pela 3ª dose deve aumentar conforme o avanço da faixa etária.

Dados da Sesau apontam que, desde quinta-feira (26), apenas 116 idosos tomaram a 3ª dose. O número inclui aqueles que vivem em ILPI (Institutos de Longa Permanência para Idosos), também conhecidos como asilos.