Após registrar 51,8 milímetros de chuva em apenas duas horas na tarde de quarta-feira (27), amanheceu com ruas tomadas por barro e galhos de árvore. Assim, a prefeitura montou força-tarefa com 20 equipes para realizar a limpeza.

Então, os trabalhadores da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) realizam a limpeza e remoção de sedimentos arrastados pelas enxurradas.

Entretanto, trabalhos de reparos e patrolas em ruas sem asfalto só serão possíveis quando a chuva dá trégua de pelo menos 48 horas.

Vai chover mais?

No total, Campo Grande registrou 58 milímetros de chuva nessa quarta-feira e o (Instituto Nacional de ) emitiu novo alerta de perigo potencial para chuvas intensas até às 19h desta quinta-feira (28) para a região central de Mato Grosso do Sul.

Há possibilidade de que o volume de chuva desta quinta-feira seja semelhante ao registrado ontem, com acumulado na casa dos 50mm. Os riscos listados pelo instituto são queda de energia, alagamentos e quedas de galhos de árvores.

volume de chuva
(Foto: Leonardo de França, Midiamax)

Alagamentos e moradores ilhados

A chuvarada de ontem causou transtornos em Campo Grande. No final da Avenida Guaicurus, carros ficaram ilhados. Portanto, o volume da chuva fez a água cobrir praticamente por completo as rodas dos carros de passeio. Condutores que passaram pela região se abrigaram nos canteiros que ficam no meio da avenida, que também ficou coberto pela água.

Na rotatória da avenida Ernesto Geisel três carros precisaram ser resgatados pelo Corpo de Bombeiros, após o local ser alagado. Além disso, alagamentos ocorreram no Jardim Seminário, Nova Campo Grande e no Jardim Paradiso.

No Bairro Bom Retiro, região da , os moradores já sabem que quando o tempo fecha, o sofrimento com as ruas alagadas começa. Em duas horas, as vias do bairro transbordaram de água de chuva e para os moradores existe apenas uma solução: ‘comprar um barco'.

rotatória ernesto
Nível de alagamento da rotatória já baixou. Foto: Enviada por leitor Midiamax.

Consequência do barro, os carros acabam ficando atolados e, segundo o servente de pedreiro, Silvano Valdez, de 52 anos, desde 2012 quando se mudou para a região, a situação é a mesma. “Quando chove eu nem saio de casa. A água cobre a rua e por várias vezes já ajudei a desatolar carros na rua. Sempre foi feia a situação”, pontuou.