Para garantir clientes, lojas apostam em artigos para Halloween, Finados e Natal em Campo Grande

Inflação chegou até na decoração natalina: presépio de R$ 49 agora é vendido por R$ 79

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Árvores de Natal e caldeiras de Halloween dividem espaço na loja.
Árvores de Natal e caldeiras de Halloween dividem espaço na loja.

É tradição: passado o Dia das Crianças, as lojas já começam a se preparar para as comemorações de fim de ano em Campo Grande. Aos poucos, os funcionários já montam as gôndolas com presépios e árvores de Natal, mas as lojas decidiram não colocar ‘todos os ovos em uma cesta’. Para garantir a clientela, os lojistas atuam em três frentes, com artigos natalinos, para o Halloween e também para Finados. Para quem já está de olho na decoração de Natal, vale o alerta: os artigos ficaram mais caros. 

A reportagem do Jornal Midiamax esteve em quatro lojas no centro de Campo Grande e percebeu a movimentação dos funcionários para a montagem das prateleiras com artigos de Natal. Os produtos recém começaram a ser expostos, mas a procura já começou. 

Nas lojas, a temática está dividida, com artigos de Halloween, flores para Finados e artigos natalinos. O gerente de uma loja de variedades no centro, Pedro Magalhães, explica que o objetivo é atender todos os públicos. “O foco é nas três datas juntas. Flores [para Finados] já começaram a vender assim que colocamos para exposição. Artigos de Halloween também e agora a procura por artigos de Natal começou”. 

Artigos natalinos começaram a ser expostos nas lojas nesta semana. (Foto: Marcos Ermínio)

 

A supervisora de vendas em uma loja de decoração e artesanato, Débora Bandeira, explica que a procura por artigos de Natal já começou, mas ainda é tímida. Ela explica que os produtos à venda são artigos que já haviam sobrado em estoque no ano passado. Porém, a loja também comprou artigos novos, apostando em um aumento nas vendas no Natal deste ano. “Esperamos um aumento de pelo menos 10% em relação ao ano passado. As nossas datas mais importantes são o Carnaval, Festa Junina, Natal e agora o Halloween também”, diz. 

Magalhães também tem expectativas de vender mais no Natal deste ano, diante da retomada após o período crítico na pandemia no ano passado. “Esperamos vender 10% a mais, pelo menos”. 

Vendedores esperam aumento de pelo menos 10% em relação ao Natal passado. (Foto: Marcos Ermínio)

 

Produtos estão mais caros

Para quem se surpreende a cada ida ao supermercado, é importante saber que a inflação não é exclusiva para os alimentos. Os artigos de decoração natalina também ficaram mais caros em relação ao ano anterior. 

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Presépio teve aumento de 61% no preço. (Foto: Marcos Ermínio)

Para ilustrar o impacto nos preços, a supervisora Débora até deu um exemplo. “Subiu bastante. Temos um presépio que antes custava R$ 49 e agora sai por R$ 79”, comenta. 

Contudo, ela explica que não vê alternativas para evitar os altos preços. Débora explica que os preços sobem a cada semana. “Está complicado. Num período de duas semanas, já teve dois aumentos. Fica complicado a gente repassar isso pro cliente. Os produtos estão mais caros, mas principalmente aqueles que levam algodão. Acreditamos no aumento de vendas, mas acho que a média de consumo por cliente vai ser mais ‘pé no chão’”, explica. 

 

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