No bairro Vila Taveirópolis, o cruzamento da rua Albert Sabin com a Campos Sales é o palco frequente de acidentes. Para quem trabalha no local, conseguir atravessar a rua no horário de pico ou passar um mês sem testemunhar uma colisão é fato raro.
Para o barbeiro Júlio Soares, de 64 anos, a falta de um semáforo é um dos principais causadores de acidentes, que acontecem há anos. “Trabalho aqui há 5 anos. Quando estava alugando o ponto aconteceu um acidente. Esses dias tiveram três dentro de 15 dias, sempre nessa esquina”, disse ele.
Vivendo anos na região, o comerciante já testemunhou diversas colisões e até um acidente atrás do outro. “Teve dois no mesmo dia. Um carro bateu em uma camionete e ficou no acostamento esperando a polícia de trânsito, por causa do seguro. Minutos depois, um outro carro bateu em uma moto no mesmo lugar”, disse Aparecida Hashimoto, de 46 anos.
Com a loja bem na esquina, a proprietária de uma papelaria é outra comerciante que não aguenta mais ver batidas, temendo pela sua segurança e de sua funcionária. “A gente fica com medo dos carros baterem e entrarem na loja, a calçada é baixa. É no mínimo uma vez por mês”, afirma.
Nos horários de pico, almoço e a partir das 17 horas, a simples tarefa de atravessar a rua se torna uma missão de risco. “Você não consegue atravessar nos horários de pico. Se quiser comprar um refrigerante do outro lado da rua tem que ser antes das 17h ou você acaba desistindo. A maioria dos acidentes é grave, um semáforo ajudaria muito”, finalizou.
Não é preciso estar há muito tempo na região para vivenciar um grande número de colisões. “O açougue abriu há sete meses e eu já vi cinco acidentes, fora os que acontecem depois do expediente e você vê os pedaços no outro dia”, disse o açougueiro Júlio César V. da silva, de 34 anos.
A imprudência é outro fator que não passa despercebido, causada por motociclistas e motoristas. “Sábado agora teve outro acidente, o condutor fez uma conversão proibida e o motoqueiro bateu nele. Tem cara que tira racha, pelo longo trecho em linha reta, fica aquele barulho das motos e você não consegue falar com os clientes. Tinha que ter uma lombada”.
Em nota, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) informou que vai enviar uma equipe para avaliar o local.