Um ano após viver a ‘tragédia do fogo’, Mato Grosso do Sul tem queda de 70% no número de incêndios florestais, conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial).

Conforme os dados, de janeiro até o dia 17 de maio, MS registrou 611 focos de incêndio frente a 2.015 verificados no mesmo período do ano passado. A quantidade de focos de calor também é menor que a registrada em 2019, no mesmo intervalo de tempo, quando foram 1.088 ocorrências.

Queimadas urbanas

A entrada da estação seca traz preocupação, principalmente, a quem sofre com problemas respiratórios, por conta do aumento de queimadas em terrenos baldios. 

Porém, dados da Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) de Campo Grande mostram que houve redução de 57% nas autuações por queimadas urbanas no município, que caiu de 82 entre janeiro a abril de 2020 para 35 este ano.

Conforme a Defesa Civil, a Lei de Crimes Ambientais, de número 9.605, prevê que a multa seja aplicada mesmo se a queima ocorrer em propriedades particulares. A justificativa é que o crime de poluição coloca em risco a saúde humana e a segurança dos animais, além de destruir a flora.

Os riscos das queimadas urbanas são imprevisíveis, já que o fogo pode fugir do controle do morador e atingir casas e prédios, além de atrapalhar o trânsito e ocasionar graves acidentes.

Tragédia no Pantanal em 2020

O incêndio que devastou o Pantanal em 2020 foi o maior já registrado na região dos últimos 50 anos. A fauna e flora ainda estão em processo de recuperação, mas especialistas estimam anos até que a perda no bioma seja restaurada.

Então, o Pantanal sofreu uma das maiores tragédias ambientais de sua história no ano passado, com a devastação de cerca de 30% do bioma pelo fogo. No ano passado, o fogo consumiu 4,4 milhões de hectares. Na época, já nos meses de março e abril houve recorde de queimadas para o período. A situação se agravou a partir de julho e só deu trégua com a chegada das chuvas de novembro.