Mato Grosso do Sul superou o recorde de internações mais uma vez e chegou a 725 pacientes ocupando leitos clínicos e de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). É o pico de internações desde o início da pandemia e a situação preocupa autoridades diante da falta de leitos nas macrorregiões de e . A situação é tão crítica que o hospital referência no tratamento da , o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) tem taxa de ocupação acima de 100% da capacidade.

O titular da (Secretaria de Estado de Saúde) comentou durante live nesta terça-feira (9) que, diante da lotação, há pacientes ocupando até os corredores do Hospital Regional. 

“Para retratar esse momento tão difícil na condução da pandemia, temos alta taxa de ocupação nos principais hospitais. Aquele que verdadeiramente é o suporte da covid em MS, o Hospital Regional [tem taxa] acima de 100%. Estamos utilizando outros espaços, quer seja cirúrgico, quer seja corredores para preservar vidas”, citou o secretário. 

Mato Grosso do Sul tem batido recordes no número de internações na última semana. Na sexta-feira (5), MS chegou ao pico com 712 internados com coronavírus, o maior número desde o início da pandemia. Logo na segunda-feira (8), o recorde foi ultrapassado e MS chegou a 724 internações. Nesta terça (9), MS bate o recorde novamente e chega ao pico da pandemia com 725 leitos ocupados. 

Diante do possível colapso na saúde no Estado, o Governo planeja impor novas medidas restritivas, para barrar a circulação de pessoas e, assim, o avanço da doença. Nesta terça (9), o governador Reinaldo Azambuja anunciou que as aulas serão 100% remotas a partir de quarta-feira (10). Os alunos participavam da acolhida nas escolas estaduais. 

 “, profissionais de educação estão em plantão nas escolas. O reforço escolar, o apoio ao aluno, também está à disposição. O que não vamos fazer é trazer os alunos presencialmente”, disse o governador.

Novos leitos para MS 

Diante da falta de leitos em regiões de Mato Grosso do Sul, o Governo tem buscado a abertura de novos leitos. Geraldo Resende comentou nesta terça-feira (9) que foram abertos 12 novos leitos de UTI, sendo sete na Clínica Campo Grande e cinco na cidade de Dourados.

“Temos para os próximos dias mais 30 leitos. É um esforço imenso da nossa equipe para acrescer estes leitos aos já existentes, para que não falte a nenhum cidadão do Mato Grosso do Sul o acesso mínimo ao leito de UTI”, disse.

Faltam até profissionais

O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, disse ao Jornal Midiamax que a situação dos leitos em UTIs é crítica. “Não temos médicos e fisioterapeutas no mercado. Há também o abandono de médicos em escala de plantões, um cenário de deserção. Esse é o quadro hoje e não temos como expandir [o número de leitos]”, declarou.

Outro fator de preocupação da SES é a circulação da variante do coronavírus, que já está no Estado. Isso porque a nova cepa tem maior poder de transmissão, o que justifica o aumento no número dos casos neste período.