‘Colapso muito próximo’: MS registra o maior número de internados desde início da pandemia

Com 712 pacientes internados, Mato Grosso do Sul registrou o maior número de ocupação de leitos desde o início da pandemia de coronavírus.

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Com 712 pacientes internados, Mato Grosso do Sul registrou nesta sexta-feira (5) o maior número de ocupação de leitos desde o início da pandemia de coronavírus. Durante a live da SES (Secretaria de Estado de Saúde, o secretário Geraldo Resende demonstrou preocupação com o cenário da pandemia e disse que o colapso na saúde pública pode se tornar uma realidade em MS. 

“Estamos vivendo o momento mais crítico de todo o período da doença. Já temos, de fato, um colapso muito próximo”, disse Resende. Conforme boletim epidemiológico desta sexta-feira (5), as taxas de ocupação de leitos chegam a 92%, que é o caso da macrorregião de Campo Grande, que inclui 34 municípios. No caso da Capital, há hospitais lotados, como aconteceu com o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), que é referência no tratamento da doença no Estado. 

A secretária adjunta Crhistinne Maymone pediu a colaboração da população e apelou para que todos fiquem em casa no fim de semana. “A situação se agravou na última semana, contra fatos e dados não há argumentos. Foi semana de aumento de média móvel de tudo: casos confirmados, óbitos, leitos, hoje estamos com maior leitos ocupados de toda a pandemia e também tivemos aumento de mobilidade urbana”, comentou.

Por sua vez, o secretário Geraldo Resende deu um exemplo para mostrar a gravidade da situação em MS. Diante da falta de leitos na região sul do Estado, um paciente de Amambai só conseguiu vaga em hospital de Aquidauana, ou seja, teve que viajar mais de 400 km para ser transferido. 

Resende ainda comentou que, mesmo que sejam habilitados novos leitos, faltam profissionais. Ele afirma que faltam médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. Além disso, ele frisa que os profissionais estão exaustos. “Ao sair de suas casas e arriscarem suas vidas, passam nas ruas e veem aglomerações aos montes, vídeos de festas clandestinas, jovens teimando em não usar máscaras. Eles, lógico, se questionam: ‘por que vou expor minha vida, da minha família, se a população não dá a contribuição?’”. O secretário comenta que há profissionais se negando a participar dos plantões. 

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