MS pode aplicar 2ª e 3ª dose da vacina contra covid em moradores de outros estados

Com vacinas sobrando, municípios também podem vacinar moradores de outras cidades

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Campo Grande chegou à marca de 60% da população imunizada contra a covid nesta sexta-feira.
Campo Grande chegou à marca de 60% da população imunizada contra a covid nesta sexta-feira.

Mato Grosso do Sul pode aplicar a 2ª e 3ª dose da vacina contra covid em moradores de outros estados brasileiros. A resolução da SES (Secretaria de Estado de Saúde) decidiu que a aplicação da 2ª dose ou da dose de reforço será garantida independente do Estado ou município que a dose anterior foi aplicada.

Assim, pessoas que estão viajando ou fora dos seus municípios podem se vacinar conforme o prazo. Além disso, a resolução também definiu que a 3ª dose em trabalhadores de saúde poderá ser administrada quatro meses depois da D2. Antes, o prazo era de seis meses.

O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, justificou que a medida foi tomada porque, à medida que os municípios avançam na campanha de imunização e finalizam grupos prioritários, vacinas têm sobrado nos estoques.

“Por isso, se aquela pessoa que tomou a primeira ou segunda dose no município em que reside, e está de passagem ou no município em que reside não há o imunizante, e precisa completar o esquema vacinal, ele pode se vacinar em qualquer um dos municípios do Estado”, pontua Resende.

Com a resolução, os prazos das vacinas ficaram estabelecidos da seguinte maneira: de 21 dias a 12 semanas para a vacina Pfizer, inclusive para adolescentes de 12 a 17 anos de idade; de 08 a 12 semanas para a vacina Astrazeneca; e de 14 a 28 dias para a vacina Coronavac.

Cidades com estoque de vacina

O ritmo de vacinação contra covid desacelerou em Mato Grosso do Sul e os municípios começam a ficar com os estoques cheios de doses do imunizante. Nesta semana, municípios informaram que não precisam receber mais doses.

 A recusa chama atenção para uma pergunta: por que as vacinas, que antes eram disputadas, agora encalham em freezers nessas cidades? A resposta mais óbvia está na resistência de parte da população. Prefeitos e gestores da saúde veem dificuldade em convencer essas pessoas a se vacinar. Na última terça-feira (5), o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, atribuiu a desaceleração da vacinação aos ‘negacionistas’ — como ficaram conhecidos os grupos que ignoram evidências científicas, tais como a eficácia de vacinas, afirmando que essa parcela da população segue ideologias políticas antivacina.

(Com Gabriel Maymone)

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