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Cotidiano

Negacionistas travam fila da vacina contra covid e MS perde 1º lugar da imunização para SP

Viés político e ideológico são entraves para Estado avançar na imunização, na avaliação da SES-MS
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Recusa em tomar vacina
Recusa em tomar vacina

perdeu para o São Paulo o posto de estado mais avançado na imunização contra covid no País, conforme os dados oficiais divulgados na noite da última segunda-feira (4). Segundo o boletim de vacinação no país, o estado de São Paulo chegou a 58,45% da população com esquema vacinal completo e, por alguns décimos de diferença, desbancou MS, que fechou o dia com 58,39%.

Ao Jornal Midiamax, o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende, atribui a desaceleração na vacinação de MS aos negacionistas — como ficaram conhecidos os grupos que ignoram evidências científicas, tais como a eficácia de vacinas.

“Chegamos num momento que restam ser vacinados em MS aquelas pessoas que não tomaram a vacina pelo componente político. São aqueles que seguem orientações dos negacionistas, que seguem orientações políticas e ideológicas”, pontuou Resende à reportagem.

Desde o início da vacinação, MS ocupou as primeiras posições na vacinação e seguia na liderança da porcentagem de população imunizada desde maio de 2021. “São Paulo é um estado poderosíssimo, era uma luta de Davi contra Golias. Mas, resistimos”, avaliou Resende.

Por outro lado, MS segue com bons números na vacinação e já aplicou a 1ª dose em 94% da população adulta do Estado e 77% com a 2ª dose.

Para o secretário de saúde de MS, furar o bloqueio ideológico de quem não acredita na eficácia da vacina é um processo difícil e demorado. “Somos um estado conservador e chegamos ao limite. Mas, sou daqueles que não desiste, vamos lutar bravamente para ficar nas primeiras colocações”, afirmou.

Disputa saudável e incentivo

Na avaliação de Resende, a disputa de quem vacina mais é salutar e todos ganham com isso. “Estou chamando prefeitos, prefeitas e secretários de saúde para avaliarmos como vamos fazer para continuarmos nessa posição honrosa”, considerou. Apesar de estar atrás de São Paulo, a SES entende que a ‘disputa’ com SP é desigual. “É um estado muito poderoso, onde a população tem consciência da importância do processo vacinal”, declarou Resende.

Nesse contexto, as questões ideológicas são vistas como desafios para a SES-MS, que implantou sistema de premiação aos municípios que aplicarem maior percentual de doses enviadas pelo Estado.

“Fizemos resolução para pagar R$ 2,10 por cada vacina aplicada. O valor pode chegar a R$ 6,30, desde que façam 95% das vacinas enviadas. Isso pode dar volume de recursos significativos de até R$ 17 milhões, se cada município cumprir essa meta nos próximos 3 meses”, explicou Resende.

Além disso, o Estado aposta na volta 100% das aulas presenciais na rede estadual para incentivar adolescentes que ainda não se vacinaram a procurar postos de imunização. “Vamos identificar entre estudantes nas aulas presenciais quem não se vacinou e precisamos avançar na vacina [3ª dose] de idosos, já que só 40% se vacinaram. Também vamos conscientizar aqueles que relutem em não vacinar, é um processo de convencimento moroso, mas que vamos atrás”, concluiu o secretário, deixando claro que MS vai continuar tentando convencer os negacionistas da importância da vacinação.

Avanço na aplicação de doses

Em MS, 73 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul já aplicaram mais de 90% das vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde. Dos 73 municípios, 27 estão acima de 100%, já que as doses enviadas renderam mais do que o previsto.

Conforme a SES-MS, as cidades com mais efetividade na vacinação são Douradina (108,10%), (107,29%), (106,04%), Juti (105,86%) e Laguna Carapã (105,75%).

Entre os municípios com índices menores de aplicação aparecem Anaurilândia (89,76%) (89,65%), Dourados (88,51%), Rio Brilhante (88,46%) e Bandeirantes (84,32%).

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