Com 37% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com coronavírus ocupados, continua fora da zona de alerta. Os dados foram divulgados no Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), nesta sexta-feira (3), e apontam uma estabilidade no Estado. No começo de agosto, o estado saiu da zona de alerta para ocupação de leitos, depois de oito meses variando entre nível grave e médio. 

Além de Mato Grosso do Sul, outros 24 estados estão com a ‘bandeira verde' no mapa de ocupação de leitos da Fiocruz. No boletim, pesquisadores apontam que mesmo com indicativos positivos na pandemia, os estados precisam ficar atentos ao possível agravamento, diante da difusão da variante Delta no país e considerando que grande parte da população não completou o esquema vacinal. 

“A vacinação precisa ser acelerada e ampliada. Coloca-se o desafio para os gestores de conciliar a administração da segunda dose para quem recebeu a primeira, o reforço para os idosos que receberam a segunda há mais de seis meses e a ampliação da vacinação aos adultos ainda não vacinados, assim como adolescentes e crianças. A vacinação de gestantes também é uma meta a ser perseguida”, orientam especialistas da Fiocruz. 

Apesar dos bons resultados referentes à ocupação de leitos, Mato Grosso do Sul está entre os estados com alta taxa de mortalidade para covid, com valores acima de 0,5 óbito por 100 mil habitantes. No boletim, cientistas destacam que é preciso manter cuidados. “Torna-se fundamental para todos, mesmo os que tomaram vacinas, manter medidas como o uso de máscaras e distanciamento físico”.