MS faz parte do BrC (Consórcio Brasil Central), que já negociou 28 milhões de doses para todos os participantes do grupo. Seriam 2 milhões de doses da para o Estado combater o coronavírus.

Assim, o médico e presidente do MS, Marcelo Silveira, afirma que a vacina é “uma alternativa importante nas opções de imunização”. Ele relembra que o impasse está na replicação do adenovírus usado como vetor viral. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), existem vetores replicantes no imunizante, o que não garante a segurança para os vacinados.

Além disso, foram apontados alguns documentos que faltam para estudo completo do imunizante russo. De acordo com o médico, estes devem ser fornecidos pelo laboratório União Química, representante da vacina no Brasil.

Mesmo com as considerações da Agência, Marcelo destaca que “a vacina já foi inclusive relatada em estudos de importante revista científica internacional, a The Lancet, com importante eficácia maior do que 90% de proteção”. O presidente do sindicato também lembra que o imunizante foi o primeiro a ser aprovado mundialmente para uso, mesmo sem a conclusão dos testes.

“Aparentemente, a vacina está respondendo bem, conforme os estudos. Mas é importante respeitarmos a instituição”, destaca. Ele acredita que os apontamentos “são questões técnicas nas quais creio que podem ser resolvidas rapidamente com o empenho da farmacêutica que representa a vacina e a Anvisa”.

Por fim, o médico acredita que “a vacina deve conseguir liberação da Anvisa”. Para ele, o imunizante russo tem “potencial enorme de nos ajudar”.