‘Grito dos Excluídos’ está marcado para 7 de setembro na Praça Ary Coelho e terá protesto contra Bolsonaro

Manifestação terá participação de 30 movimentos sociais e também será realizado em Dourados

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Grito dos Excluídos é realizado há anos em Campo Grande
Grito dos Excluídos é realizado há anos em Campo Grande

O dia da Independência também será marcado por protestos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em Mato Grosso do Sul, está marcado o ‘Grito dos Excluídos’, que chega a 27ª edição e será realizado em Campo Grande e Dourados.

O ato no próximo dia 7 de setembro está sendo convocado por mais de 30 organizações entre movimentos sociais, sindicatos, entidades da juventude e pastorais dedicadas a questões sociais. Neste ano, o tema do evento é a “luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda”.

Conforme os organizadores do evento, haverá protesto contra o presidente Jair Bolsonaro pela condução do governo durante a pandemia da covid, pelo posicionamento em relação aos povos indígenas e quilombolas e contra a Reforma da Previdência. 

Para um dos líderes do movimento, Jaime Teixeira, presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), a manifestação já é tradição em MS. “Este é o 27º ano em que é realizado. Temos a participação da igreja católica, movimento sem terra, da juventude. É um ato cívico e que coloca todas as pautas dos movimentos sociais”, disse.

Em Campo Grande, a concentração será na Praça Ari Coelho, às 15h. O ato deve percorrer as ruas 14 de Julho, Antônio Maria Coelho e Pedro Celestino, com encerramento na Praça do Rádio, onde está programada uma celebração ecumênica. Em Dourados, o Grito dos Excluídos será às 14h30 no Parque Antenor Martins.

Reforço na segurança

A Sejusp-MS (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) terá esquema de segurança para monitorar as manifestações contra e a favor do governo federal que devem ocorrer em Mato Grosso do Sul no dia 7 de setembro —  dia da Independência.

O secretário de infraestrutura e diretor do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia), Eduardo Riedel, pontuou que não serão admitidos excessos. “Só não vamos admitir desordem e nem dano ao patrimônio público e privado.  A secretaria de segurança está atenta e acompanhando isso”, disse.

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) anunciou, na manhã desta quinta-feira (2), que não irá admitir baderna. “Uma coisa deixo claro: na minha cidade não vai ter desordem. Vou ser rigoroso com aqueles que querem depredar o patrimônio público ou manchar o nome da minha cidade”, declarou.

Por fim, Trad completou que o protesto é para “pessoas com espírito democrático, ordeiro e com Jesus no coração”.

No dia da manifestação, a Polícia Militar estará com as equipes normais de serviço e também com as tropas especializadas “choque e cavalaria” de prontidão para caso necessite do pronto emprego.

A favor de Bolsonaro

Às 10h, o movimento Endireita MS organiza manifestantes para se reunirem na Praça do Rádio Clube. De acordo com um dos organizadores, Rafael Tavares, a expectativa é que seja a maior manifestação da história do Brasil.

Haverá carreata, motociata, bicicleata e protestos na Praça do Rádio Clube, região central da cidade. 

De acordo com Tavares, a pauta principal é a defesa da liberdade. “O ministro Alexandre de Moraes rasgou a Constituição e deve ser julgado pelo Senado Federal. A pressão é toda em cima do Rodrigo Pacheco, que tem por obrigação colocar o pedido de impeachment para ser votado”.

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