Um dos pontos turísticos da cidade, o Forte de Coimbra celebra o 246º aniversário de sua fundação em Corumbá. O Forte foi fundado no dia 13 de setembro de 1775 pelo capitão Mathias Ribeiro da Costa, com a missão de instalar uma fortificação do curso médio do Rio Paraguai. O local tinha como objetivo garantir à Coroa Portuguesa a posse das terras a oeste do rio.

As instalações do Forte contam um pouco da história da ocupação militar, representada em peças, documentos e na arquitetura do local. “Está situado em um belíssimo local, na margem direita do Rio Paraguai. A manutenção está a cargo do Exército Brasileiro, e é aberto a visitações, desde que seja feita solicitação prévia”, explica o município de Corumbá.

O Forte foi alvo de dois ataques estrangeiros, segundo o Exército Brasileiro. O primeiro aconteceu em 1801, quando o invasor contava com 800 homens e havia somente 109 homens no Forte. “Apesar da superioridade bélica da força inimiga ser incontestável, a tropa resistiu ao cerco por dez dias e, em seguida, rechaçou o inimigo. O feito daqueles homens ecoou pela Capitania, movimentando as demais guarnições para a defesa da oeste”.

O outro ataque ocorreu em 1864, durante a Guerra da Tríplice Aliança. A força invasora contava com 3,2 mil homens, mas o Tenente-Coronel Hermenegildo Portocarrero, que se encontrava em visita de inspeção à Praça de Coimbra, assumiu heroicamente o comando dos 149 homens existentes na guarnição e organizou a defesa da posição.

“Após dois dias de combate, impossibilitado de receber novo suprimento e de ser reforçado, o Tenente-Coronel Portocarrero ordenou a retirada para Corumbá, a fim de evitar o sacrifício de vidas humanas e dar o alerta oportuno àquela guarnição, que seria o próximo objetivo paraguaio”, informa o Exército.

Após o fim da guerra da Guerra da Tríplice Aliança, em 1870, o Forte de Coimbra foi reocupado e reconstruído. Em 1907, foi iniciada a construção das atuais instalações do aquartelamento e, a partir de 1908, o Forte foi desocupado. Em 1950, a guarnição ganhou a denominação de 1ª Bateria do 6º Grupo de Artilharia de Costa e Forte Coimbra.

A tropa de artilharia permaneceu em Coimbra até 1992, quando a organização militar passou a ser mobiliada por infantes da 3ª Companhia do 17º Batalhão de Fronteira. Dois anos mais tarde, após ganhar a autonomia administrativa, a organização militar passou a ser designada 3ª Companhia de Fronteira e Forte Coimbra, subordinada diretamente à 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, sediada em Corumbá. Em 2002, a subunidade recebeu a denominação histórica de Companhia Portocarrero.

(com informações do Exército Brasileiro)