Com novo decreto entrando em vigor no próximo domingo (14), com toque de recolher a partir das 20h até às 5h e limitações aos finais de semana, uma força-tarefa se prepara para coibir festas clandestinas em MS. Procurador de Justiça diz querer evitar ‘covas coletivas’ em possível colapso na saúde diante da pandemia.

Durante reunião que aconteceu no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), representantes de autoridades se reuniram para debater as estratégias para impedir as aglomerações indevidas.

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) estava presente e comentou o caos que a saúde pública de Campo Grande enfrenta diante da onda de infecções pela Covid-19. “Hoje temos 317 leitos para pacientes com coronavírus e 301 estão ocupados. Isso corresponde a 95% de ocupação. [Para impedir festas clandestinas] vamos empregar mais de mil homens nas ruas”, comentou.

Conforme o procurador de Justiça Alexandre Magno, a força-tarefa vai mirar em caçar alvarás, multar e interditar festas clandestinas. “A questão é que as festas clandestinas, serão trabalhadas com inteligência para evitar que aconteça e dispersar se necessário. Não quero chegar em um pronunciamento e falar de quantidade de pessoas enterradas em covas coletivas. E Mato Grosso do Sul caminha para isso”, comentou.

O procurador pediu que a população colabore com o decreto de restrições pois caso contrário, existe uma real possibilidade de o Estado decretar lockdown. “Várias unidades da federação decretaram lockdown e aqui estamos seguindo um toque de recolher. Precisamos fazer com que a população colabore”, disse Magno.

Todo o efetivo das forças de segurança terá escalas extras durante o decreto para reforçar as fiscalizações.

Questionado sobre a insatisfação de alguns trabalhadores com o decreto estadual, Marquinhos disse que o necessário é seguir as determinações e disse que nas determinações, nenhum trabalho é prejudicado.

“O decreto não obsta o exercício laboral de nenhuma profissão, muito pelo contrário, dá todas as condições da pessoa ir trabalhar. Não vejo que durante 14 dias uma afronta tão contundente para quem tem atacado a quem tem varejo. Posso sentir uma redução nos restaurantes e promoters, mas a cota de uma contribuição de uma sociedade que vive em coletividade deve dar para uma cidade”, pontuou.