Com a continuação do julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) do ‘marco temporal’, a delegação Terena de Mato Grosso do Sul continua em Brasília. Conforme o presidente da Corte, Luiz Fux, as discussões retornam nesta quarta-feira (1º).

O julgamento da ação que pode analisar o ‘marco temporal’ para demarcações de terras indígenas. Mato Grosso do Sul tem 29 terras indígenas em processo de demarcação que podem ser afetadas pela decisão dos ministros (confira aqui quais são elas).

Marcado para entrar em pauta na última quarta-feira (25), o julgamento só teve início em 26 de agosto. Representando os povos indígenas, o advogado sul-mato-grossense Eloy Terena, coordenador jurídico da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), participa do julgamento. Desde 22 de agosto, mais de 6 mil indígenas, de 170 povos diferentes, acampam em Brasília contra o ‘marco temporal’.

Nesta segunda-feira (30), cerca de mil indígenas permanecem em Brasília para resistir contra o julgamento. O acampamento foi alterado para a Funarte, novo centro da mobilização Luta Pela Vida.

Entre eles estão representantes indígenas de MS, que se uniram ao maior movimento dos povos originários do Brasil. O membro do Conselho Terena, cacique Célio Terena explicou que parte da delegação voltou para o Estado.

No entanto, destacou que a luta do povo Terena continua. “Agora que nós vamos mobilizar mais nossa comunidade e temos uma ligação direta com aqueles que ficaram lá”, disse. Sobre a retomada do julgamento, ele afirmou que irão acompanhar direto das aldeias.

“Nós estaremos sintonizados, acompanhando nas nossas bases, mobilizados e na expectativa de um resultado positivo para nossas comunidades indígenas, para nossa terra, nossa luta por demarcação do nosso território, porque nós somos originários dessa terra”, finalizou.