Em MS, mais de 12 mil trabalhadores tiveram contrato suspenso ou redução de salário somente em 2021
Todos os acordos celebrados no Estado foram no 1º mês de vigência da medida do governo federal
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Em Mato Grosso do Sul, 12.115 trabalhadores tiveram contrato de trabalho suspenso ou redução de salário pelo BEm (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda), conforme dados oficiais do Ministério da Economia.
De acordo com as informações da pasta, a maioria dos acordos com empregados, 8.029, foi celebrada na 1ª semana de vigência da 2º etapa do programa, a partir de maio de 2021.
A maioria teve o contrato de trabalho suspenso, ou seja, 5.848 entram em uma espécie de férias. O valor a ser recebido depende do faturamento da empresa: se for abaixo de R$ 4,8 milhões em 2019 ele recebe 100% da parcela do BEM, que é o valor que o trabalhador teria direito como seguro-desemprego, calculado com base nos 3 últimos salários. Se o empregador tiver faturamento acima desse valor, o trabalhador recebe 70% da parcela do BEM e os outros 30% é do salário.
Já, outros 4.018 tiveram redução de 70% da jornada de trabalho, que implica em redução do salário. Esses recebem 30% do salário e 70% da parcela do BEM.
Já 2.247 fizeram acordo de redução de 50% da jornada de trabalho. Eles recebem metade do seu salário pago pela empresa – proporcional à jornada – e 50% da parcela do programa.
Por fim, as empresas fizeram acordo com 944 trabalhadores sul-mato-grossenses por redução de 25% da jornada, que recebem o proporcional de salário pago pela empresa e 25% do governo federal.
Todos os acordos celebrados em MS foram firmados em maio e têm até 120 dias de duração. O Ministério da Economia já confirmou que não haverá prorrogação do programa.
Segmentos afetados
O setor que mais celebrou acordos em MS foi o de serviços, a maioria do setor de hotéis e restaurantes, que fecharam 1.995 acordos.
A indústria também sofreu o impacto da crise econômica da pandemia. Somente o setor de fabricação de calçados celebrou 1.411 acordos.
Na sequência aparece o comércio, com destaque para o setor varejista de vestuário e acessórios, com 482 contratos acordados.
O setor de agropecuária teve 294 acordos registrados e, por fim, a construção civil com 288.
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