Finados: Aumentos chegam a velas e flores e comerciantes reclamam de lucro menor
Apesar de movimento maior que 2020, alta nos preços dos insumos pressionou a margem dos comerciantes
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Apesar de um movimento maior do que em 2020, quando Brasil registrava número alto de contágio pelo coronavírus, os vendedores de velas e flores, que costumam facilitar a vida de quem vai aos cemitérios no Dia de Finados, estão descontentes com o preço dos produtos.
Para muitos desses vendedores, a margem de lucro caiu abruptamente, pois o aumento foi tão grande que simplesmente repassar o valor ao cliente seria inviável.
Com barraca há 32 anos no cemitério Santo Amaro, Eliane Aparecida de Castro, de 50 anos, confirma essa realidade. “Estamos com bastante visitantes, mas meu lucro está bem menor. A vela está mais cara, as flores estão mais caras”.
Também com 30 anos de experiência no Santo Amaro, Sarvia Lourdes de Lima, de 76 anos, diz que ano passado foi difícil por conta do movimento, já esse ano a dificuldade está no preço. “As vendas estão bem, mas sinto muita diferença no preço das coisas”.
Para alguns, os preços estão tão altos que vender os produtos este ano foi mais para “não perder o costume”, como é o caso Antonio Cruz, ambulante que todo ano bate ponto no cemitério Santo Antonio. “Estou preferindo ter um lucro menor do que ficar sem vender”.
Alta no preço da vela
Segundo reportagem do Midiamax, em comparação com o ano passado, o preço do artigo sofreu uma variação de até 47% na Capital diante da alta da parafina. Com o Dia de Finados comemorado nesta semana e a necessidade dos familiares em homenagear os entes queridos, o setor espera vender até o dobro de produtos. Antes, o quilo da vela era R$ 19, agora é vendida por R$ 28,90 em média.
Pesquisa de variação Procon
Uma pesquisa realizada pelo Procon/MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor), entre os dias 21 e 22 de outubro, em Campo Grande, apontou uma diferença de até 500% no preço de produtos típicos do Dia de Finados. O Procon também fez um comparativo com os preços executados no ano passado (2020) e os praticados atualmente (2021) em mercados e floriculturas. A variação foi de até 49,47% de alta no preço das flores, e de até 36,55% no preço das velas.
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