Contra ‘fecha tudo’, dupla promete dormir em acampamento até o fim do decreto
Membros do grupo de comerciantes que acamparam na frente da Prefeitura de Campo Grande, na Avenida Afonso Pena, afirmaram que o protesto continuará até o encerramento do decreto conhecido como “fecha tudo”, que determinou o fechamento dos comércios não essenciais. Os integrantes reivindicam o retorno das atividades e uma quarentena vertical. Conforme Rodrigo Lins, de […]
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Membros do grupo de comerciantes que acamparam na frente da Prefeitura de Campo Grande, na Avenida Afonso Pena, afirmaram que o protesto continuará até o encerramento do decreto conhecido como “fecha tudo”, que determinou o fechamento dos comércios não essenciais. Os integrantes reivindicam o retorno das atividades e uma quarentena vertical.
Conforme Rodrigo Lins, de 38 anos, a ação tem o objetivo de cobrar o governo para a implantação de novos leitos, hospital de campanhas e maias médicos. Outro ponto reivindicado é uma fiscalização mais dura contra festas clandestinas, que segundo ele, é o que está gerando o aumento no número de casos. “A conveniência fica aberta, e o jovem faz festa em casa. Se você for nos bairros, é só balada”, disse ele.
O grupo defende a reabertura dos comércios através de uma quarentena vertical, ampliando para às 22h o horário do toque de recolher, no qual, o trabalhador teria mais tempo para ir ao mercado e não causaria aglomeração. O mesmo seria válido para o transporte coletivo, que deveria inserir mais ônibus nas linhas para evitar as lotações.
Com essas ações, Rodrigo reforça que o comércio poderia retornar seguindo todas as regras de biossegurança, pois prejuízo está batendo nas portas. [ O fechamento] faz uma grande diferença no mês, o trabalhador não ganha e gera o desemprego em massa. O governo não diminui taxa de combustível, nada, nenhum incentivo”, disse ele.
O comerciante, Gustavo Eifler, de 30 anos, defende a mesma tese do colega de acampamento. “O ônibus no meu conceito é o que mais propaga, tudo lota porque achatou o horário. A solução seria o prolongamento do horário do comércio e aumentar o número de ônibus em cada linha”, explicou
O empresário não nega a existência do vírus, mas defende que o aumento da propagação não foi acentuado pelo comércio, que segundo ele, tem seguido todos os protocolos de biossegurança e não podem pagar pelo aumento da curva. Com contas e impostos mantidos no mesmo patamar, mas podendo trabalhar menos para pagar.
“Não estamos aqui para denegrir a imagem do prefeito e nem afrontar, queremos apena uma linha de diálogo para achar um bem comum para todos”, finalizou. O grupo permanecerá acampando até o fim do decreto. Hoje, cerca de seis pessoas irão dormir no local.
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