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Cotidiano

Compra para automedicação disparou durante a pandemia em MS, aponta estudo

No país, a venda de vermífugos cresceu 857% no último ano
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Deputada de MS quer saber opinião da população sobre venda de medicamentos fora das farmácias
Deputada de MS quer saber opinião da população sobre venda de medicamentos fora das farmácias.

A pandemia transformou a saúde em uma verdadeira neurose, principalmente entre pessoas das classes A e B que passaram a usar remédios indiscriminadamente. É o que mostra estudo realizado pelo CFF (Conselho Federal de Farmácia) divulgado pelo CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia de MS).

Conforme a pesquisa, as vendas e o uso de medicamentos no durante a pandemia do coronavírus. Assim como em outros estados, em as vendas de medicamentos como a hidroxicloroquina (antimalárico), a ivermectina (vermífugo) e a nitazoxanida (antiparasitário) tiveram alta expressiva nas vendas. Além de analgésicos.

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Foto: Leonardo de França, Midiamax/Arquivo

O vermífugo ivermectina, por exemplo, vendeu 857% a mais, no período de abril de 2020 (primeiro mês pós pandemia) a março deste ano. Já as vendas do antimalárico hidroxicloroquina aumentaram 126% de abril de 2020 a março de 2021. Confira abaixo a relação de outros medicamentos que também tiveram alta neste período de abril de 2020 a março de 2021.

  • Vitamina D: + 100%
  • Azitromicina: +71%
  • Dexametasona: +18%
  • Nitazoxanida: +14%

Conforme o CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia), o alto consumo de medicamentos também tem causado danos à saúde das pessoas, no período de março a agosto de 2020, a hidroxicloroquina foi responsável por quase 80,0% das notificações de reações adversas em pacientes com Covid-19 registradas pela Anvisa.

Além disso, o conselho pontua que as reações de maior gravidade foram causadas pela hidroxicloroquina e afetaram o sistema cardíaco das vítimas. Esses dados mostram a necessidade de campanhas de uso racional e seguro desses fármacos, além de mostrar à população o que fazer com seus medicamentos domiciliares desnecessários.

“Vivemos uma verdadeira do uso irracional de medicamentos hoje no Brasil. E esse aumento expressivo na venda de alguns medicamentos pode-se atribuir principalmente as ‘promessas’ de que alguns medicamentos são preventivos ou terapêuticos contra a Covid-19, o que não há comprovação científica. O que se sabe até agora é que a única forma de parar com a proliferação da doença é o distanciamento social, uso de máscara e vacina para todos”, destaca o presidente do CRF/MS, Flávio Shinzato.

Descarte e coleta de medicamentos vencidos

Em Mato Grosso do Sul existe a Lei Estadual Nº 5180 de 12/04/2018 que torna compulsória a coleta de medicamentos vencidos em todas as farmácias e drogarias. A lei obriga as farmácias e drogarias a manterem recipientes para coleta ou descarte de medicamentos, cosméticos e insumos farmacêuticos deteriorados ou com prazo de validade expirado, à disposição dos clientes.

O CRF/MS também é um ponto fixo para descarte de medicamento vencido ou que a pessoa não usa mais. Basta levar o medicamento de segunda a sexta-feira na sede do Conselho, durante atendimento ao público externo do meio-dia às seis da tarde. O Conselho fica na Rua Rodolfo José Pinho, número 66, bairro São Bento.

Uma pesquisa realizada pelo CFF (Conselho Federal de Farmácia), por meio do Instituto Datafolha, em 2019, apurou qual é a forma mais usual de descarte dos medicamentos que sobram ou vencem, e 76% dos entrevistados indicaram maneiras incorretas para a destinação final desses resíduos. Nas Regiões Centro-Oeste/Norte, o porcentual é ainda maior, 85%.

O índice somente é superado pelo apurado na Região Nordeste, 87%. Nas regiões Sudeste e Sul os porcentuais foram de 75% e 53%, respectivamente. Pelos resultados da pesquisa, a maioria da população descarta sobras de medicamentos ou medicamentos vencidos no lixo comum. Quase 10% afirmaram que jogam os restos no esgoto doméstico (pias, vasos sanitários e tanque).

A pesquisa constatou ainda que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses anteriores ao estudo. Quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês, e um quarto (25%) o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana. Na região centro-oeste/norte, este índice sobe para 80%, nordeste fica em 79%, sudeste (77%), sul (71%).

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