Diante de circunstâncias problemáticas, os seres humanos tendem a improvisar e criar soluções originais.

Tal capacidade de empregar a criatividade, assim como conhecimentos técnicos e científicos para superar desafios e facilitar a execução de tarefas é especialmente notada nos inventores, os responsáveis por uma série de produtos e serviços que incorporamos no nosso dia a dia.

Para celebrar esses indivíduos criativos e incentivar futuras invenções, Gerhard Muthenthaler idealizou o Dia do Inventor, celebrado em 4 de novembro.

Do século XVII aos dias atuais: confira as origens de 6 invenções

Numerosas tentativas, fracassos, necessidade de soluções sustentáveis e até a influência do puro acaso estão presentes nas histórias de origem de invenções que utilizamos até hoje. Confira algumas delas a seguir:

1. Lâmpada

Uma lâmpada acesa sobre a cabeça do personagem é a maneira clássica dos desenhos animados representarem o surgimento de uma ideia incrível, como uma invenção. Com base nesse símbolo, nada mais justo do que iniciar a lista com a invenção da lâmpada.

O estadunidense Thomas Alva Edison tornou realidade a ideia que numerosos homens tentavam tirar do papel desde o final do século XVIII.

Somente em 1879, utilizando um fino fio condutor feito de algodão carbonizado, Edison conseguiu acender a lâmpada incandescente cuja patente registrou.

Acredita-se que centenas de tentativas foram necessárias para atingir o produto final e que mais de 6 mil materiais foram testados para servir de filamento condutor.

2. Roleta

Antes de ser incorporada nos cassinos franceses em meados de 1790, esse objeto icônico do mundo de apostas foi o fruto de uma tentativa que deu errado.

Blaise Pascal, matemático desenvolvedor da teoria da probabilidade, desejava elaborar um artefato de movimento perpétuo. Mas o resultado obtido foi uma roda que girava quase sem atrito.

A roleta é um exemplo de como a tecnologia pode repaginar uma invenção já consolidada. Com o advento da internet, as plataformas de cassino online deram um novo visual às roletas utilizadas para apostas que, no mundo digital, deixaram de ser exclusividade dos cassinos físicos.

3. Descarga sanitária econômica

Alternativas sustentáveis de objetos de uso diário são cada vez mais necessárias a fim de preservar o meio ambiente e seus recursos naturais.

Visando a economia de um dos recursos mais preciosos, a água, Amarildo Mirando Melo e Florência Argemon Neto desenvolveram um modelo de descarga sanitária que pode funcionar com menos água graças à força da gravidade

Os inventores do construíram um sifão móvel que aproveita a gravidade, possibilitando que apenas 3 litros de água sejam consumidos ao dar a descarga, em vez dos habituais 6,8 litros utilizados pelos modelos comuns.

4. Estetoscópio

O estetoscópio, item utilizado para amplificar os ruídos internos produzidos pelo corpo, foi inventado pelo doutor René Théophile Hyacinthe Laënnec para escapar de uma situação desconfortável.

Antes da invenção do objeto, em 1816, o costume dos médicos era bater com a ponta dos dedos contra o peito do paciente a fim de checar as condições de saúde.

A prática corriqueira se mostrou um problema para Laënnec quando ele recebeu uma jovem mulher como sua paciente. A fim de não envergonhá-la, o médico francês enrolou uma folha de papel, criando um tubo que encostou no peito da moça.

Ao colocar o ouvido na outra extremidade do tubo, Laënnec percebeu que o artefato recém-criado era mais eficiente que o método anterior.

5. Conexão wireless

Hedy Lamarr é uma das mulheres inventoras que entraram para a história com ideias que possibilitam o desenvolvimento de tecnologias vitais para o mundo conectado atual.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a famosa atriz de e cientista austríaca, em parceria com George Antheil, inventou um dispositivo capaz de despistar radares nazistas por meio de interferência de ondas de rádio.

Graças ao conceito de transmissão sem fio de Lamarr, tecnologias como o Wi-Fi e o Bluetooth puderam existir.

6. Forno de micro-ondas

Em 1932, o engenheiro estadunidense Percy Spencer estava trabalhando na construção de um radar para uso em combate durante a primeira Guerra Mundial quando notou algo interessante.

Enquanto estava na frente de um conjunto de radares em funcionamento, Spencer percebeu que a barra de chocolate guardada em seu bolso estava derretida.

Com base na descoberta, ele desenvolveu uma caixa capaz de disparar radiação eletromagnética com intuito de aquecer alimentos.