Com expectativa de imunizar 6,6 mil, vacinação na segurança pública começa com filas e felicidade

São 3,3 mil servidores de Campo Grande e 3,3 mil do interior que devem ser vacinados na primeira fase

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Começou neste sábado (3), a vacinação dos profissionais da Segurança Pública de Mato Grosso do Sul. De acordo com a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), a expectativa é de que 6,6 mil servidores sejam vacinados na primeira fase. Assim, os primeiros imunizados contra Covid-19 comemoram e esbanjam felicidade após esperarem na fila para aplicação da dose.

Os primeiros a serem vacinados são servidores que atuam em Campo Grande. Neste sábado (3), a imunização acontece na Cassems em formato de Drive Thru, para profissionais efetivos e ativos da Sejusp, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Militar. Desde às 7h30, servidores fazem fila de veículos para serem vacinados.

Apesar da extensão da fila, o trânsito flui normalmente na região do Parque das Nações Indígenas e a vacinação segue organizada.
Já os servidores federais da Segurança, como policiais federais e policiais rodoviários federais, podem ser vacinados na Seleta, neste sábado (3) também. No domingo (4), está prevista a vacinação da Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande e profissionais da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

De acordo com o secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, são 11.700 servidores ativos deste setor em todo o MS. Em Campo Grande são sete mil profissionais ativos.

Assim, ele explica que na primeira fase serão vacinados contra Covid-19 3,3 mil na Capital e outros 3,3 mil no interior do Estado. “A expectativa é que neste mês, todos os servidores ativos de MS estejam vacinados”, diz.

Felicidade da vacinação

Para o sargento da Polícia Militar, Fábio Nunes da Silva, a vacinação é sinônimo de alegria. “Estou feliz, pois, acho importante receber essa vacina. Somos da linha de frente e ficamos preocupados com a gente e nossa família”.

Fábio recebendo a primeira dose da vacina. Foto: Gabriel Neves.
Fábio Nunes recebendo a primeira dose da vacina. Foto: Gabriel Neves | Midiamax.

 

Ele explica que tem contato direto com familiares mais vulneráveis ao coronavírus e que vive preocupado em ser um possível transmissor. “Na minha família mesmo, tenho minha mãe de idade e esposa gestante que são de risco”, destaca.

Já o capital da Polícia Militar, Joézer Martins, agradece pela vacinação e diz se sentir mais seguro para continuar trabalhando. “A gente trabalha com o público, então precisamos estar seguros para passar segurança para as pessoas”. Ele que tem mais de 60 anos, é diabético e hipertenso, ficava apreensivo durante o trabalho antes da imunização. “Agora me sinto mais seguro para continuar meu serviço sem pensar tanto na Covid-19”.

Vacinação estratégica

Os servidores da Segurança estão sendo vacinados com a Astrazeneca, imunizante produzido no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Valério explica que a vacina foi escolhida por causa do prazo de tempo maior para a aplicação da segunda dose. “Assim a logística fica mais fácil”, destaca.

Em Campo Grande, os guardas municipais serão vacinados de acordo com a atuação deles. Ou seja, quem atua diretamente nas ruas, será imunizado primeiro. O critério foi adotado pelo fato dos servidores deste setor serem jovens. “Não dá para a gente dividir a guarda por idade porque eles são muito novos. Mas só eles serão assim”, destaca o secretário.

Outros servidores estão sendo vacinados de acordo com a idade e grupos de risco, como os de comorbidades. Assim, o secretário adjunto de Justiça e Segurança Pública de MS, Ary Carlos Barbosa, destaca que havia cobrança da vacinação deste público.

“Todos cobravam da gente essa vacinação, pois, nós servidores da segurança não paramos mesmo com a pandemia e temos 1,5 mil servidores infectados. É muito importante a chegada da vacina no nosso grupo”, comenta. De acordo com ele, entre os servidores ativos que foram infectados, dois da Polícia Civil, cinco da PM, dois da Agepen e dois do Corpo de Bombeiros faleceram por causa da Covid-19. “Se fôssemos contar os aposentados seria muito mais vítimas”, lembra.

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