Buscar o corpo prefeito é uma demanda cada vez mais visível em um mundo conectado. Com o início de um novo ciclo as academias recebem uma leva de novos alunos, à procura de um corpo em forma, impulsionados pelas promessas de . Entre os diversos motivos, a busca pela saúde é qualidade de vida se destacam, mas com um alerta para quem procura o efeito imediato.

O proprietário da Academia OnFit, Victor Hugo de Campos, de 24 anos, qualifica esse aumento como um período de pós festas de fim ano. “Algumas pessoas bebem bastante, comem muito e deixam de fazer exercícios. Elas querem ir para uma piscina e acabam ficando constrangidas”, explicou Campos.

O apresenta os dados do seu estabelecimento, neles, é possível estabelecer um parâmetro de público. Em dezembro, o número de alunos caiu em 50% devido ao período de festividades. No dia 6 de janeiro de 2021, 95 pessoas foram ao treino, dessas, 40 eram novos alunos. “ As pessoas vão retornando aos poucos e buscamos um tratamento com muita atenção para quem está chegando agora, para que ele não se sinta abandonado ou com vergonha”, finalizou Campos.

Com alunos de verão, academias têm aumento de até 40%, mas frequência não passa do Carnaval
(Foto: Leonardo de França/ Jornal Midiamax)

O professor de educação física e proprietário da Academia RP, Rafael Santos da Silva, de 33 anos, também relata esse fenômeno de início de ano. “Essa cultura de alunos novos é maior em janeiro, as pessoas voltam das férias com vida nova, vou cuidar da saúde e do corpo”, explicou, Rafael.

Conforme Rafael, somente no primeiro mês do ano, o número de matrículas cresce em 40%, desse total, 30% são novos alunos. O instrutor ainda ressalta que dos novos praticantes, apenas 15% continuam a rotina dos treinos depois do carnaval.

Porque janeiro

A auxiliar administrativa, Beatriz Costa, de 16 anos, foi abordada pela reportagem enquanto realizava a sua inscrição na academia, e explicou o motivo da sua adesão no mês de janeiro.

Com alunos de verão, academias têm aumento de até 40%, mas frequência não passa do Carnaval
Mari Higa(Foto: Leonardo de França/ Jornal Midiamax)

“Eu vim para criar massa muscular, estou pesando desde o ano passado e resolvi vir em janeiro porque é começo do ano”, explicou Costa.

Para quem já tinha intimida com os pesos e anilhas, a prática foi para não perder o costume. “Eu sou de Manaus, já treino, vim passar as festas e para não ficar parado resolvi treinar aqui”, detalhou o acadêmico de medicina, Gabriel Lima Bastos, de 22 anos.

Para a acadêmica de direito, Mari Higa, de 39 anos, aproveitou as férias da para colocar a suade em dia. “Estava estudante e focada na faculdade em dezembro, comecei para incentivar minhas filhas, para evitar doenças e a ansiedade” finalizou Mari.

Perigo na Internet

Com alunos de verão, academias têm aumento de até 40%, mas frequência não passa do Carnaval
Rafael Santos da Silva (Foto: Leonardo de França/ Jornal Midiamax)

Atuando na área desde de 2005, o instrutor Rafael faz um alerta para as receitas milagrosas na internet e a ilusão da mudança imediata. “Muito cuidado, você não vai recuperar o tempo perdido em um mês e principalmente os mais novos, devem procurar um profissional”.

Ele ainda reforça sobre os riscos do uso esteroides e anabolizantes, principalmente para os jovens, que observam a difusão desses produtos nas redes sociais. “Sou absolutamente contra, de nada vai causar bem, mais pra frente você pode desenvolver câncer, problemas cardíacos e nos rins”, finalizou Rafael.

Aluguel de equipamentos

Reinvenção é a palavra de ordem para quem não quer ter prejuízo com a pandemia, na Mais Academia, o proprietário e professor de educação física, Ivan Souza, percebeu uma lacuna no mercado. “Nossa preocupação era com nossos alunos, muitos são idosos ou frequentam por recomendação médica. Começamos a emprestar equipamentos como elásticos, anilhas e pesos”, explicou.

O empresário começou a perceber que muito alunos não estavam frequentando o local por receio de contaminação. “ Um paciente precisava se exercitar porque seu triglicérides estava desregulado, mas não vinha por questão de segurança e ser grupo de risco, então emprestamos uma esteira pra ele,”disse Ivan.

A partir disso, surgiu uma nova forma de se virar na pandemia. Já que um a cada dois equipamentos estavam inoperantes devido as regras de distanciamento a empresa começou a alugar os equipamentos profissionais.

Conforme o proprietário: o aluguel das esteiras sai a partir de R$ 290 por mês, das bicicletas ergométricas por  R$170,00 ao mês e do elíptico por R$ 190,00, todos com contrato mínimo de três meses. “A adesão está em 100%, tinha 4 esteiras  e comprei mais 2, já temos 6  pessoas na lista de espera”, finalizou o empresário.