Casal de produtores inauguram o primeiro biodigestor artesanal em assentamento de Três Lagoas

Após assistir um vídeo na internet, produtor rural criou equipamento

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Um casal morador do Assentamentos Palmeira, na região do Distrito de Arapuá, em Três Lagoas, a 326 quilômetros de Campo Grande, criou o primeiro biodigestor artesanal da região, após assistir um tutorial na internet.

O biodigestor artesanal é um equipamento utilizado em propriedades rurais, com a matéria prima encontrada no pasto para gerar gás e fertilizante, assim auxiliando na lavoura, produção de hortifrútis e pastagem.

Edinaldo e Ilda Lima tiveram a ideia e com a maioria dos materiais que já tinham em casa, começaram a montagem e instalação do biodigestor. “Achei muito interessante e vantajoso este equipamento, principalmente por utilizar matéria prima que temos no sítio. Custo muito baixo e economia para o nosso bolso”, disse seu Edinaldo.

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Equipamento feito artesanalmente. (Foto: Divulgação/Semea)

O projeto começou a tomar forma após as visitas técnicas da equipe do Programa Amigo do Campo. “Fizemos toda a orientação do funcionamento e abastecimento e, após o prazo experimental, eles produzem o próprio gás de cozinha e biofertilizante para pastagem, horta e jardim”, explicou o técnico agrícola da SEMEA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio), Ailson Menezes,

O equipamento funciona utilizando água e esterco de vaca, esses dois ingredientes são colocados num tanque cavado ou caixa instalada no chão e tampados. Essa supressão resulta na produção e separação do gás e do fertilizante em forma líquida a partir do esterco. A mistura separada cai em outra caixa e dali, é bombeada para a irrigação da horta e do pasto, dando uma qualidade 100% natural aos alimentos e pastagem.

Através de mangueiras, o gás passa por um galão d’água que funciona como um filtro para retirar impurezas. Após isso, é enviado e armazenado em um tambor que, com auxílio de um compressor adaptado, é pressurizado. Tendo o volume ideal, já pode ser utilizado no fogão de cozinha.

O casal soma em questões de produção local e agricultura familiar. Dona Ilda produz óleos de alecrim, coco, babosa e outros naturais. Como o processamento destes produtos é feito sobre o fogo, com o biodigestor a economia foi total.

“Entre a fabricação dos óleos e meu consumo pessoal, eu utilizava um botijão de gás por mês. Desde quando iniciamos a experiência, já tivemos economia de dois botijões e o rendimento me fez aumentar minha produção. A horta também teve uma boa diferença no crescimento e qualidade das verduras, que também aumenta a satisfação dos clientes”, finaliza a produtora.

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