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Cotidiano

Campo Grande apela ao MP contra decisão do governo estadual de enviar doses da Janssen só para fronteira

Prefeito Marquinhos Trad (PSD) protocolou pedido de providências ao procurador-geral Alexandre Magno Lacerda
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A prefeitura de protocolou hoje (2) um pedido de providências ao MPMS (Ministério Público Estadual) contra a decisão do governo estadual de enviar 165,5 mil doses de vacina contra a covid-19 da Janssen só para 13 cidades da faixa de fronteira. O município acusa a administração de (PSDB) de violar os princípios de razoabilidade e proporcionalidade.

Representantes da prefeitura já haviam se reunido com o MPMS ontem (1º), em encontro que contou também com o secretário de Estado de Saúde (SES) . Na ocasião, o titular da (Secretaria Municipal de Saúde Pública) José Mauro Filho adiantou o descontentamento do município com a decisão.

No pedido entregue hoje, a prefeitura de Campo Grande questiona os critérios do governo estadual para direcionar 165,5 mil das 207 mil doses da Janssen para o estudo do grupo Vebra Covid, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), na fronteira. A gestão municipal alega que o parecer técnico do Ministério da Saúde referente às doses da Janssen não especifica o destino das vacinas.

“[…] o citado Parecer Técnico do Ministério da Saúde deixou claro que a proposta da localidade foi apresentada pelo Estado de Mato Grosso do Sul por meio da Secretaria Estadual de Saúde”, destaca o pedido de providências.

A prefeitura defende ainda que Campo Grande “seria a melhor plataforma para o estudo científico”, com base em dados demográficos, epidemiológicos e sanitários.

Ontem, José Mauro Filho disse que, se distribuído igualitariamente em todo o Estado, o lote de imunizantes da Janssen baixaria a vacinação por idade em Campo Grande para 25 anos. Atualmente, a campanha está na faixa dos 42 anos.

Ainda de acordo com a prefeitura, se respeitada a proporcionalidade na distribuição, Campo Grande vacinaria todas as pessoas com 30 anos ou mais, chegaria a 75% da população imunizada e seria “a primeira capital do País a ter o controle da doença”.

O pedido de providências é assinado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), que se reuniu há pouco com integrantes do MPMS. “Campo Grande não é contra os 13 municípios, mas é a favor dos 79. Que peguem essas 165 mil doses e distribuam de maneira proporcional e razoável”, afirmou.

“Essa pesquisa só deveria ser feita se nós tivéssemos sobras de vacinas. Tem pessoas que estão morrendo, pessoas que precisam da vacina”, continuou Marquinhos, que também reconheceu que “não tem muito a ser feito”, já que as doses já foram distribuídas.

A SES vem rebatendo as críticas. Ainda ontem, o secretário Geraldo Resende destacou que as doses destinadas ao estudo na fronteira são adicionais e questionou o “inconformismo de alguns, que agora querem melar o jogo”.

 

Outros 66 municípios dividem 41,5 mil doses

Mato Grosso do Sul recebeu um lote com 207.050 doses da vacina contra covid-19 da Janssen, que é de aplicação única. Desse total, 165,5 mil foram destinados para a vacinação em massa de todos os adultos em 13 municípios da fronteira, na esteira de um estudo conduzido pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em parceria com universidades americanas. A aplicação começou hoje.

As outras 41.550 doses foram distribuídas entre 66 municípios do Estado. Campo Grande recebeu cerca de 14 mil.

A prefeitura da Capital ainda se agarra à esperança de ficar com doses remanescentes das remetidas à fronteira. Segundo o secretário José Mauro Filho, há um percentual de 30% de contingenciamento, que pode render até 30 mil doses para Campo Grande. Se confirmada, a “sobra” chegaria até a próxima quarta-feira (7) e será capaz de baixar a vacinação por idade em até cinco anos.

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