Ainda sem uma data estabelecida, o primeiro castramóvel de Campo Grande deve iniciar os serviços em bairros de maior vulnerabilidade e índice de casos de leishmaniose. A prefeitura municipal confirmou, nesta segunda-feira (11), que a entrega da documentação do veículo e do tipo de atendimento está na fase final.

Um fator considerável, de acordo com o município, para que os serviços sejam liberados é a avaliação do cenário de casos de coronavírus na Capital. Em nota, a prefeitura ressaltou que o controle de novos casos da Covid-19 devem estar amenizados, para não gerar aglomeração nos pontos de encontro.

Alguns documentos foram enviados errado ao CRMV-MS (Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul), o que acabou atrasando a previsão do início das atividades. As equipes da entidade devem realizar uma nova fiscalização no veículo para o final e autorização dos serviços.

É necessário que levemos em consideração dois fatores: a entrega dos materiais que foram encaminhados errados ao CCZ de Campo Grande e o controle da ascensão de novos casos de Covid-19, visto que a presença do castramóvel poderá gerar uma aglomeração de pessoas maior do que o esperado.

“Inicialmente o CCZ tem previsão para início das atividades para o final do mês de fevereiro. Já há uma previsão de alguns bairros para serem os primeiros a serem atendidos, para isso é levado em consideração o índice de vulnerabilidade socioeconômica da população, o número de animais errantes que circulam pelo bairro e os índices de registros de leishmaniose entre eles, por exemplo. Contudo não é possível ainda informar qual será o primeiro bairro a ser atendido, visto que o cronograma ainda está em fase de finalização”, informou.

O CRMV-MS aprovou, na tarde da última sexta-feira (8), partes do documento e autorização para a funcionalidade do castramóvel. De acordo com a Resolução CRMV-MS nº 91/2020 no artigo 2º e 3º é necessário que o médico veterinário seja responsável técnico para a realização dos procedimentos cirúrgicos.

Além disso, é obrigatória a apresentação de anotação de Responsabilidade Técnica com médico veterinário homologada pelo conselho para elaborar um projeto de controle controle populacional de cães e gatos.

“De modo geral, para realizar um programa de controle populacional no município, faz-se necessário submeter o projeto ao CRMV-MS do com antecedência mínima de 60 dias ao início previsto para a execução das atividades, as quais só poderão ocorrer após a aprovação. É obrigatório que a ação tenha um médico-veterinário Responsável Técnico (RT), com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) homologada”, disse o presidente do conselho, Rodrigo Piva.

Outra exigência é que o conselho avalie e aprove as ações realizadas durante o funcionamento dos trabalhos, com 60 dias de antecedência, no mínimo.

Atendimento gratuito

O objetivo é atender, em média, 30 castrações por fim de semana, sendo 10 em animais machos e 20 em animais fêmeas. Por conta dos feriados do fim de ano, houve atraso na documentação.