O CRMV-MS (Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul), aprovou, na tarde desta sexta-feira (8), o funcionamento do primeiro castramóvel de Campo Grande. Por conta da ‘burocracia’ na documentação do veículo, o atendimento está previsto apenas para o mês de fevereiro.

Segundo o conselho, a aprovação foi unanime durante a a 301ª Sessão Plenária Ordinária da entidade. O presidente do CRMV, Rodrigo Piva, a unidade divulgou a Resolução nº 91/2020, com detalhes e exigências necessárias para realizar as ações, campanhas e programas de esterilização cirúrgica.

“De modo geral, para realizar um programa de controle populacional no município, faz-se necessário submeter o projeto ao CRMV-MS do com antecedência mínima de 60 dias ao início previsto para a execução das atividades, as quais só poderão ocorrer após a aprovação. É obrigatório que a ação tenha um médico-veterinário Responsável Técnico (RT), com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) homologada”, disse.

De acordo com a Resolução CRMV-MS nº 91/2020 no artigo 2º e 3º é necessário que o médico veterinário seja responsável técnico para a realização dos procedimentos cirúrgicos. Além disso, é obrigatória a apresentação de anotação de Responsabilidade Técnica com médico veterinário homologada pelo conselho para elaborar um projeto de controle controle populacional de cães e gatos.

Outra exigência é que o conselho avalie e aprove as ações realizadas durante o funcionamento dos trabalhos, com 60 dias de antecedência, no mínimo.

Conforme a prefeitura municipal, em nota, com a chegada do veículo em dezembro de 2020, a expectativa era é que os atendimentos começassem em janeiro deste ano. Porém, com parte ‘burocrática’ da documentação, ainda não é possível determinar uma data do início dos trabalhos nos bairros da cidade.

“Apesar de o CCZ (Centro de Controle de Zoones) ter dado entrada na documentação ainda em agosto, somente com fotos do veículo, após o recebimento em dezembro, é que foi possível pedir a autorização para funcionamento”, comunicou.

Atendimento gratuito

Os tutores com família de baixa renda e usuária do SUS (Sistema Único de Saúde), terão prioridade nos atendimentos. A coordenadora do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Dra. Juliana Rezende Araújo, explica que haverá um cadastramento prévio nos bairros de menor renda em nossa Capital.

“No dia da cirurgia, além da equipe responsável pela castração, haverá outra equipe responsável por repassar informações sobre Guarda Responsável e Educação em Saúde”, ressaltou.

O objetivo é atender, em média, 30 castrações por fim de semana, sendo 10 em animais machos e 20 em animais fêmeas. Por conta dos feriados do fim de ano, houve atraso na documentação.

“Por isso, iremos dar início aos mutirões de castração apenas em fevereiro, pois esse é o prazo para que todos os equipamentos e materiais para a cirurgia tenham chegado, garantindo assim o bem-estar do animal”, finaliza a coordenadora.