Associações e sindicato de MS participam de atos contra Reforma Administrativa em Brasília
Manifestações visam pressionar parlamentares para votar contra a PEC 32/2020
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Associações e sindicato de Mato Grosso do Sul se reúnem nesta terça-feira (14) em Brasília em manifestações contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 32/2020, a chamada PEC da Reforma da Previdência. As mobilizações se iniciaram com a recepção de parlamentares no Aeroporto Juscelino Kubitschek e devem seguir durante a semana.
Durante a tarde, o grupo se concentrou no Espaço do Servidor e caminha pelo Anexo II da Câmara, onde está programado um ato contra a PEC 32. Na quarta-feira (15), haverá reunião das entidades no Espaço do Servidor e uma comissão visitará os gabinetes dos deputados para cobrar posicionamento contrário à PEC, cujo parecer pode ser votado nesta semana pela comissão especial que analisa a proposta.
Conforme a organização, cerca de 1.500 pessoas se reuniram no aeroporto e sul-mato-grossenses estão presentes nos atos. Participaram o professor Dr. José Roberto Rodrigues de Oliveira, da Associação de Docentes da UFMS (ADUFMS); da professora Dra. Cássia Reis, da Associação dos Docentes da UEMS (ADUEMS); e de Cleodete Gomes, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Fundação UFMS e IFMS (Sista-MS).
José Roberto destacou que a luta não é apenas pelos direitos dos servidores, mas também para que toda a sociedade continue sendo atendida por serviços públicos, que, correm risco de ser privatizados. “A importância do ato contra a PEC 32 é mostrar que o serviço público é essencial e que os servidores estão lutando não só por direitos, mas pela continuidade dos serviços para o público. Lutar para que os serviços continuem públicos. Contra a privatização dos Correios, por exemplo, que é um dos pontos bastante fortes. Para também mostrar a importância de não se privatizar os serviços”.
Cleodete Gomes, do Sista-MS, destacou as ameaças que a PEC representa para os serviços públicos no Brasil. “Essa reforma, que na verdade não é uma reforma e sim uma contrarreforma, destrói os serviços públicos no país. Principalmente os concursos públicos. Por mais que tenham havido algumas alterações, está muito claro na proposta do projeto que haverá contratações, o que acaba com os concursos, e muita gente não se atentou a isso. Abre precedentes também para demissões”.
De acordo com a professora Dra. Rosineide Freitas, da diretoria regional do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) no Rio de Janeiro e docente na UERJ, a recepção no aeroporto foi importante para dar um recado aos parlamentares. “A palavra de ordem que ficou é: ‘se votar, não volta’. Um movimento em unidade contra esse projeto de Lei que decretará o fim do serviço público, uma lógica desse governo genocida”, disse.
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