Após ser relacionada como uma das entidades que assinavam boletim nacional contra o ‘kit-covid' no tratamento de pacientes infectados com o , a AMMS (Associação Médica de Mato Grosso do Sul) negou nesta quarta-feira (24) que tenha assinado a carta da AMB (Associação Médica Brasileira).

Em áudio do diretor-presidente da entidade em MS, Justiniano Vavas, que circula nas redes sociais, o médico critica o fato de a associação ter sido relacionada em documento que ‘bane' a utilização de medicamentos sem comprovação científica no tratamento da , como a hidroxicloroquina/, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina.

“Não houve consulta prévia a nenhuma das sociedades e nem associações médicas estaduais, se concordavam. O documento está em desacordo com o Conselho Federal de Medicina”, pontuou. O conselho federal teria dado orientação aos profissionais de prescrever qual medicamento achem necessário ao paciente, assumindo os riscos do tratamento.

Associação Médica de MS nega ter assinado boletim contra 'kit-covid' da AMB
Associação médica de MS aparece como entidade signatária em documento | Foto: Reprodução/AMB

O diretor da AMMS afirmou que o documento foi ‘infeliz' ao condenar os medicamentos que não têm garantia científica para curar os doentes pelo vírus e garantiu que solicitaria a entidade nacional que retirasse o nome da associação da relação dos signatários.

“Vou encaminhar um e-mail para a associação retirar o nosso nome do tão malfadado documento. Nesse momento não discutimos esse assunto. Não se trata de discutir se funciona ou não o kit-covid, se trata de manter a decisão do Conselho de Medicina, conferindo ao médico o direito e o dever de decidir qual a melhor forma de prescrição ao ser paciente”, disse.

Em nota de esclarecimento, a associação informou já ter feito a solicitação à AMB, assim como a retificação da inclusão do nome na carta. A Associação Médica de MS aparece na relação do documento, que pode ser acessado aqui.