Família está a mais de uma semana fora de casa por conta de uma árvore que caiu em frente à residência, na Rua Gonçalo Alves, 83, no bairro Vivenda do Bosque, próximo ao Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande.

A casa é residência da família do filho da delegada aposentada Suzi Cristina Simões Cedasadi, que está em uma verdadeira jornada para conseguir a remoção da árvore. “Liguei nos bombeiros, prefeitura, foram mais de 24 ligações. Primeiro falavam que precisava cortar a energia, ficou a semana inteira sem energia. Então, meu filho decidiu voltar para casa e pediu para a ligar a energia novamente. Ontem, os bombeiros vieram e falaram que precisavam que cortasse a energia para eles removerem a árvore. Liguei, mas eles falaram que a prefeitura é quem deve vir cortar a árvore”, reclama.

Durante todo esse tempo, o filho, a neta de 6 anos e a nora de Suzi que está gravida ficaram na casa da delegada aposentada. 

A árvore caiu durante o temporal do dia 15 de outubro, quando ventos de 100 km/h causaram estragos por toda a cidade. No local, uma funcionária da família chegou a ficar sem conseguir sair da casa, por conta da árvore, que bloqueava o portão. “Conseguimos com um rapaz de uma construção aqui perto cortar alguns galhos e tirá-la daqui”, informou Suzi.


Suzi diz que já ligou mais de 24 vezes para bombeiros e prefeitura para pedir a remoção da árvore – Foto: Marcos Ermínio / Midiamax

Árvores em risco

Equipe dos bombeiros interditaram trecho da Rua Nortelândia, no Bairro Santa Fé, por risco de queda de uma árvore que está rachada. 

A remoção não foi possível na tarde deste sábado devido às fortes rajadas de vento que chegam a 58 km/h em Campo Grande. 

A fila é grande

Com a previsão do tempo indicando novo temporal em Campo Grande, moradores já estão se adiantando e acionando o para vistoriar árvores. No último vendaval, na sexta-feira (15), 254 árvores caíram e o militares ainda trabalham para liberar ruas dos grandes troncos.

Segundo os bombeiros, aumento no número de chamadas para vistorias em árvores aumentou, tendo em vista que a população estão assustados com a possibilidade de novas quedas de árvores com o temporal previsto

Em declaração na quarta, o Major Fábio Pereira de Lima, chefe da comunicação do CBMMS, disse que as equipes de militares estão com o efetivo reforçado. O militar pediu paciência aos moradores da Capital.

“Esse vendaval foi em todo o Estado, provocou muito pânico. Quedas de árvores diversas, em telhados, obstruindo portões de acesso aos moradores, em muros, fiação elétrica. Foi preciso acionar a Energisa para desligar a rede e fazer a poda com segurança de algumas árvores. Tiveram também as quedas em veículos”, pontuou.

O major explica que desde o início da tempestade, foi montada uma força-tarefa com três equipes extras para atender as ocorrências. Com isso, o efetivo, que é de cerca de 80 militares por dia, passou para 100 em Campo Grande.