após reclamações recentes de pacientes do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) que estavam sem acesso ao medicamento que trata infecção por superbactéria.

Em contrato firmado neste mês e publicado no DOE

Em nota encaminhada ao Jornal Midiamax

Investigação sem denunciados há 18 anos 

O surgimento recente de pacientes que contraíram superbactéria no HRMS

Apenas um medicamento consegue tratar a superbactéria: o Polimixina B, que é uma categoria de antibiótico considerado essencial para pacientes em tratamento intensivo e internados a longo prazo. O medicamento é administrado quando outras drogas já não dão conta de combater a infecção por bactérias super-resistentes. No entanto, chegou a estar em falta no hospital, apesar do contrato de R$ 606,9 mil do Governo do Estado com a Opem Representação Importadora Exportadora e Distribuidora para a disponibilidade do medicamento. 

Em abril, uma denúncia indicava que o antibiótico estava em falta e, recentemente, um paciente que contraiu a bactéria ao ficar internado para tratar covid teve negativa ao remédio, que estava em falta. Familiares do paciente alegam que cada ampola não sai por menos de R$ 250 e o paciente precisa de 56 delas, o que soma uma despesa de R$ 14 mil.

A reportagem do Jornal Midiamax procurou o MPMS via assessoria de comunicação para obter informações acerca de possibilidade de reabertura de investigação em razão dos novos aparecimentos de pacientes contraídos com a superbactéria e aguarda resposta.

Essencial para internados em UTI

O medicamento é extremamente importante em casos de internações em UTI, de acordo afirmou o MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) em reportagem anterior do Midiamax. De acordo com o médico presidente do Sinmed MS, Marcelo Silveira, o uso é feito quando outros medicamentos já foram utilizados no paciente. “Polimixina é um tipo de antibiótico usado para combater bactérias mais resistentes. Para pacientes internados a longo prazo ele é sim essencial”. 

De acordo com pesquisa de pós-graduação em Medicina da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), as polimixinas são medicamentos descobertos em 1947 e com a mutação e resistência das bactérias, começaram a ser receitadas para combater Pseudomonas aeruginosa. “Com isso, a Polimixina é um dos principais antibióticos para fazer o combate a essas bactérias resistentes”. 

O uso do antibiótico não é exclusivo para pacientes Covid-19 e costuma acontecer em internações de UTI. “No entanto, com a pandemia, esses pacientes [Covid-19] permanecem muito tempo internados e possuem outras infecções além da Covid, esses antibióticos passaram a fazer uma demanda de uso muito grande”, explicou o presidente do Sinmed.