Após a publicação de reportagem no Jornal Midiamax revelando situação de árvore localizada na Rua Sete de Setembro, região central de Campo Grande, ‘enforcada’ por uma corrente por três anos, as amarras de ferro foram removidas.

Conforme Walter Leite, de 65 anos, dono de um escritório próximo ao endereço, o material foi retirado no período noturno, pois quando fechou o escritório, às 18h, as correntes ainda cercavam os troncos. 

Na empresa de semijoias, que fica em frente à árvore, a reportagem foi informada de que o proprietário da empresa que retirou as correntes, mas a atendente afirma que não foi ele que a colocou.

Conforme apurado pela reportagem no local, as correntes foram colocadas há cerca de três anos para segurar lixeiras dos empresários da região, pois, segundo eles, as lixeiras eram furtadas ou depredadas por vândalos.


Detalhe das marcas deixadas pela corrente – Foto: Henrique Arakaki / Midiamax

Entretanto, a empresa de semijoias já havia instalado outra lixeira reforçada em outro ponto do prédio. 

Riscos

O biólogo José Milton Longo disse à reportagem que não há problema em retirar as correntes do tronco. “O que acontece, é que o crescimento englobou essa agressão, se cortar essa corrente não teria problema, muito pelo contrário, ela continuaria tendo o crescimento secundário“, disse. Longo explica que a árvore teria, sim, um ponto mais fraco para caso de ventania e uma ocasional queda. “Essa lesão em volta do tronco vai ser um ponto frágil que pode ser rompido. Mas é preciso avaliação”, pontuou.