Ainda sem previsão de retorno das aulas presenciais, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) definirá nesta terça-feira (5) as normas de biossegurança para a volta de atividades específicas no campus. A portaria com todas as diretrizes deverá ser publicada após reunião com a direção de todos os campus, faculdades, institutos e escola.

O retorno das atividades específicas definidas pelos docentes acontecerá a partir do dia 18 de maio. A reitoria tem tomado decisões com base nas recomendações sanitárias e legais da OMS (Organização Mundial de Saúde), do Ministério da Saúde, do Ministério da Educação, do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, e das prefeituras municipais onde estão os campus, sempre com orientação permanente dos especialistas do Comitê Operativo de Emergência.

A universidade desenvolveu Plano Local de Biossegurança, condição obrigatória para o planejamento e a realização de atividades presenciais na Unidade. Segundo informações da UFMS, cada direção deverá avaliar em conjunto com os coordenadores dos cursos as atividades presenciais imprescindíveis, entendendo que os estudos dirigidos com o uso de TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação) serão prorrogados e autorizados para todas as disciplinas, tanto da graduação quanto da pós-graduação, até o término do semestre 2020/2021, sempre de acordo com o MEC e orientações vigentes.

Plano de Biossegurança

O Plano de Biossegurança aprovado na última quinta, 29, aponta as diretrizes gerais para a elaboração do planejamento de retorno às atividades presenciais pelas unidades. Os planos devem levar em consideração à análise epidemiológica de cada município e as características de cada curso e atividade, acadêmica ou administrativa.

São ressaltadas as medidas de higienização das mãos, o uso de máscaras, o distanciamento social e a utilização de EPIs. A adequação de salas de aula e laboratórios será condição fundamental para o retorno às atividades presenciais, permitindo o uso das ferramentas de TICs em todas as disciplinas até o final do ano.

Segundo a infectologista Mariana Croda, da Faculdade de Medicina, a iniciativa envolve uma mudança de cultura por parte de todos que fazem parte ou circulam na Universidade. “É uma responsabilidade individual também. As pessoas precisam entender o momento que estamos vivendo e que isso impacta a nossa vida daqui pra frente”, explicou. Segundo Mariana, não é possível adotar um único procedimento para toda a Universidade, mas cada pessoa tem de assumir a responsabilidade pela sua proteção, o que fortalece a proteção das demais.