A UFGD, através da Faculdade Intercultural Indígena (FAIND), Faculdade de Ciências Humanas (FCH) e Faculdade de Direito e Relações Internacionais (FADIR) vai promover ao longo deste ano o curso de extensão em Antropologia e Políticas Públicas para a Rede de Proteção às Crianças e “Adolescente” Indígenas. O curso será de 180 horas, distribuídos em 20 encontros que acontecerão ao longo de 10 meses, com início já no dia 28 de fevereiro. A proposta tem coordenação do técnico administrativo da Faculdade, Reginaldo Candado, e da professora Silvana Jesus do Nascimento (doutoranda na Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS/RS) e acontecerá no Auditório do Ministério Público Estadual de .

A proposta tem convênio com a Escola Superior do Ministério Público Estadual de e conta com o apoio da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e do Ministério Público Estadual de Dourados/MS. E é voltada aos profissionais indígenas e não indígenas da Rede de Proteção Social à criança e ao “adolescente” que atuam com os povos indígenas em órgãos governamentais e da sociedade civil dos municípios de Dourados e Laguna Caarapã, mais especificamente Conselhos Tutelares, Serviços de Acolhimento Familiar e Institucional, equipes socioassistenciais do Ministério Público e do Judiciário, somando-se aos trabalhadores da Rede SUS e SUAS e indigenistas da FUNAI.

O objetivo será a formação e qualificação jurídico-antropológica de agentes indígenas e não indígenas que já atuam nas comunidades indígenas, principalmente junto às crianças e “adolescentes” Guarani e Kaiowá, considerados os segmentos mais vulneráveis na questão de seus direitos. Espera-se também que o curso contribua para a qualificação dos agentes e das instituições no atendimento às crianças e “adolescentes” indígenas do Sul do Mato Grosso do Sul.

Segundo a coordenação, o curso de extensão também servirá para a compreensão das instituições municipais e estaduais do seu papel junto ao público indígena; para o reconhecimento e o respeito à particularidade histórica, cultural e social dos povos indígenas; para a redução da violação do Direito à Convivência Familiar e Comunitária de Crianças e “Adolescentes” indígenas no Sul de MS.

“É preciso recordar que o curso surge da necessidade de qualificação desses profissionais diante da demanda de atendimento para a população indígena e do registro de um número de acolhimento de crianças indígenas superior ao das não indígenas, sobretudo quando comparada à população desses municípios”.