Particulares querem crianças da educação infantil de volta às escolas em Campo Grande

Uma reunião marcada para as 17h desta quarta-feira (20), entre representantes de escolas particulares, Prefeitura de Campo Grande e até o MPMS (Ministério Público Estadual), deve finalmente apresentar um plano geral de biossegurança para retomar as aulas presenciais na rede particular. Consultada pelo Jornal Midiamax, a Associação das Instituições Particulares de Ensino de Campo…

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Uma reunião marcada para as 17h desta quarta-feira (20), entre representantes de escolas particulares, Prefeitura de Campo Grande e até o MPMS (Ministério Público Estadual), deve finalmente apresentar um plano geral de biossegurança para retomar as aulas presenciais na rede particular.

Consultada pelo Jornal Midiamax, a Associação das Instituições Particulares de Ensino de Campo Grande, representada por Lúcio Rodrigues Neto, destacou que a proposta a ser apresentada logo mais contemplará, inicialmente, o retorno de atividades escolares voltadas às cerca de 11 mil crianças de educação infantil até a alfabetização matriculadas na rede particular.

Isso porque, no olhar das entidades, famílias com crianças são as mais prejudicadas pelas restrições, tanto social como pedagogicamente. Para a proposta, modelos de todo o mundo e, inclusive, de São Gabriel do Oeste e Sinop (MT) – onde as aulas particulares já ocorrem – foram levados em conta.

“A retomada seria gradativa, sem uma pressão para ocorrer logo, até porque, quando ela ocorrer, também será de forma gradual. Mas, nesse momento, entendemos que as aulas de crianças seriam mais importantes, pois elas têm menos autonomia no processo educativo. Os pais não são alfabetizadores, além de que muitos precisam trabalhar e não têm com quem deixar. E temos os exemplos de Portugal, de Sinop e até de São Gabriel do Oeste. Além disso, esse retorno já ocorre em outros cenários, como nos playgrounds, nas escolas de inglês e de reforço”, detalha Lúcio Rodrigues.

O presidente da entidade também destaca que o retorno não será compulsório, mas àquelas famílias que se sentirem seguras para deixar as crianças nas escolas.

“Nossa proposta é para que aqueles pais que desejarem levar as crianças à escola possam levar. Aqueles que não quiserem, poderão seguir com as atividades remotas. Não será uma imposição. Temos clara percepção de que parte das famílias não querem retomada, então será uma vontade respeitada. Mas, temos embasamento científico de que o retorno pode ser mais seguro e barato, por exemplo, que contratar uma babá enquanto os pais vão trabalhar”, considera.

Sobre ensino fundamental e médio, Lúcio detalhou que, como a retomada seria gradual, os indicadores de avanço de infecções pelo novo coronavírus seriam uma espécie de termômetro de quando e se devem ocorrer.

“Tudo será de forma gradual, com base nas evidências científicas e no avanço da doença na cidade. Sabemos, por exemplo, que se a taxa de ocupação de leitos se aproximar dos 60%, as atividades devem ser interrompidas. Mas, no momento, não temos nem 5%. Se, por ventura, tivermos um aumento de forma geral, as escolas podem fechar de novo e seguiremos com o conteúdo remoto”, detalha.

O plano de biossegurança também deve contemplar medidas básicas, como distanciamento social, disponibilização de álcool 70%, utilização de termômetros na entrada, tapetes sanitizadores e uso de máscaras por crianças acima de três anos, conforme recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde). A higienização das dependências precisaria ser frequente, com pulverização de solução com água sanitária, antes da chegada dos alunos.

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