Prestes a se tornarem obrigatórias, máscaras cirúrgicas seguem em falta e caseiras custam até R$ 10
O uso obrigatório de máscaras de proteção ao sair de casa já uma tendência no país e adotados por capitais como Belo Horizonte, Curitiba, Salvador e Florianópolis. Em Campo Grande, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) chegou a determinar a obrigatoriedade. Porém, o atraso na entrega de 1,3 milhão dos objetos de proteção – que seriam […]
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O uso obrigatório de máscaras de proteção ao sair de casa já uma tendência no país e adotados por capitais como Belo Horizonte, Curitiba, Salvador e Florianópolis. Em Campo Grande, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) chegou a determinar a obrigatoriedade. Porém, o atraso na entrega de 1,3 milhão dos objetos de proteção – que seriam distribuídos entre profissionais da saúde e parte da população carente da cidade – fez com que a obrigatoriedade fosse temporariamente transformada em recomendação.
A questão é que o uso obrigatório de máscaras na cidade é questão de tempo e que a população já deve se preparar para a obrigatoriedade. Quem não conseguiu o modelo cirúrgico, feito industrialmente, deve providenciar uma de pano. Aliás, muito antes da obrigatoriedade iminente, quando o Ministério da Saúde passou a recomendar máscaras a todos, até mesmo as caseiras, muita gente passou a enxergar a confecção dos acessórios como oportunidade de renda extra, inclusive em Campo Grande, onde costureiras e até mesmo confecções da indústria têxtil na cidade apostaram na produção dos itens.
Neste domingo, a oferta pelos equipamentos continua grande, inclusive nos sites de venda mais famosos. As ofertas vão desde kits, mas para o anúncio ser mais atraente, recorrem ao frete grátis e promoção na compra de grandes quantidades. Os preços, porém, variam: três máscaras de algodão dupla face podem sair por R$ 15 em alguns anúncios, enquanto outros mostram R$ 20. Individualmente, tem peça que sai a R$ 4 e outras a R$ 10. Tudo parece depender da negociação e clientes precisam avaliar o material utilizado.
A recepcionista Rosângela Barbosa optou por comprar da mãe de uma colega de trabalho, que é costureira. “Achei barato 3 por 15, e ainda mais por ser de algodão, lavável e dupla face”, disse. Assim como ela, vários outros campo-grandenses recorreram aos informais, já que as máscaras cirúrgicas industriais, que têm eficiência garantida, estão em falta há semanas.
Sites e aplicativos de venda e compra são os locais de venda mais comuns. No OLX, por exemplo, o preço mais barato de máscara de pano encontrado pela reportagem foi de R$ 4. Já no Mercado Livre, o mais caro é um kit com 48 máscaras de pano lavável de R$ 159 – fazendo as contas, cada uma sairia por R$ 3,31.
A costureira Vera Conceição, de 39 anos, conta que a demanda aumentou bastante na última semana. “Somos eu e minha irmã aqui, e vamos continuar fazendo as máscaras de tricolina em camada dupla. Enquanto uma sai para comprar o tecido, a outra fica fazendo, porque a demanda aumentou. Com a obrigatoriedade, deve aumentar mais ainda. Foi a saída que achamos, pois não estava entrando dinheiro”, conta.
Como e quando usar?
Segundo o Ministério da Saúde, a máscara de pano é um equipamento simples não exige grande complexidade na sua produção e pode ser um grande aliado no combate à propagação do coronavírus. Porém, para ser eficiente como uma barreira física, ela precisa seguir algumas especificações.
É preciso que a máscara tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face. E mais uma informação importante: ela é individual. Não pode ser dividida com ninguém. As máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros, desde que desenhadas e higienizadas corretamente.
O importante também é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz; e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
O dono ou dona da máscara precisa manter o autocuidado. Algumas recomendações do Ministério são:
- Se ficar úmida, tem que ser trocada.
- Pode lavar com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 30 minutos.
- Nunca compartilhar, porque o uso é individual
Lembrando que a principal de todas é sair de casa se for realmente necessário. Em Campo Grande, o toque de recolher foi prorrogado até o dia 10 de maio, proibindo as pessoas de saírem de casa entre as 22h e 5h.
https://www.facebook.com/midiamax/videos/247165153335065/
A SES (Secretaria Estadual de Saúde) divulgou neste sábado (18) que são 161 os casos confirmados do Covid-19 em Mato Grosso do Sul, com aumento para 22 pacientes de internados e 18 casos a mais em menos de 24 horas. Na Capital, 85 confirmados.
Somente nesta semana, o Estado teve quatro picos de contaminação, com mais de dez casos detectados por dia, um alerta sobre a falta do cumprimento do isolamento social, segundo o secretário Geraldo Resende.
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